O rendimento nominal mensal domiciliar per capita da população brasileira ficou em R$ 1.625 em 2022. Esse valor representa um crescimento de 18,9% em relação a 2021, quando os valores da renda domiciliar per capita foram de R$ 1.367.
Esse aumento foi bem mais expressivo que a variação registrada pela inflação, cuja taxa oscilou 5,79% em 2022. A propósito, os valores da renda domiciliar per capita não consideram os efeitos da inflação do país. No entanto, vale destacar essas variações, que mostram um forte crescimento do rendimento dos brasileiros em 2022.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou os dados na sexta-feira (24).
DF tem maior renda domiciliar per capita do país
De acordo com o instituto, o Distrito Federal apresentou a maior renda entre todas as Unidades da Federação (UF). Em resumo, o valor da renda da população do DF foi quase duas vezes maior que a média nacional. Aliás, o DF seguiu liderando o ranking nacional, assim como aconteceu nos anos anteriores.
Confira abaixo as UFs com as maiores rendas domiciliares per capita do país em 2022:
- Distrito Federal: R$ 2.913
- São Paulo: R$ 2.148
- Rio Grande do Sul: R$ 2.087
- Santa Catarina: R$ 2.018
- Rio de Janeiro: R$ 1.971
- Paraná: R$ 1.846
- Mato Grosso do Sul: R$ 1.839
- Espírito Santo: R$ 1.723
- Mato Grosso: R$ 1.674
Todas as UFs citadas tiveram valores de renda domiciliar per capita superiores à média nacional no ano passado. Em outras palavras, a população de apenas um terço das UFs teve um rendimento mais expressivo que o nacional em 2022.
Embora seja uma taxa pequena, superou a de 2021, quando apenas sete UFs tiveram valores superiores à média nacional. Os estados que entraram na lista foram Espírito Santo e Mato Grosso.
Além disso, os dados do levantamento também mostraram que os locais com as maiores rendas se localizam no Centro-Sul do país. Inclusive, o top nove nacional contou com todos os estados do Sul, além de três estados do Sudeste e três UFs do Centro-Oeste.
Desta regiões, os únicos locais que não tiveram uma renda superior à média nacional foram Goiás (R$ 1.619) e Minas Gerais (R$ 1.529), do Centro-Oeste e do Sudeste, respectivamente. Contudo, após o top nove, estes foram os maiores valores do país.
Maranhão tem menor renda do país
Na outra ponta da tabela, com os menores valores do país, ficaram os estados do Nordeste e do Norte. Em suma, o Maranhão teve a menor renda nominal mensal domiciliar per capita em 2022, com um valor duas vezes menor que a renda média nacional.
Veja as menores rendas domiciliares per capita do país em 2022:
- Maranhão: R$ 814
- Alagoas: R$ 935
- Amazonas: R$ 965
- Pernambuco: R$ 1.010
- Bahia: R$ 1.010
- Acre: R$ 1.038
- Ceará: R$ 1.050
- Pará: R$ 1.061
- Paraíba: R$ 1.096
- Piauí: R$ 1.110
- Roraima: R$ 1.166
- Amapá: R$ 1.177
- Sergipe: R$ 1.187
- Rio Grande do Norte: R$ 1.267
- Rondônia: R$ 1.365
- Tocantins: R$ 1.379
Em 2021, o Maranhão também teve o menor rendimento domiciliar per capita do país, de apenas R$ 635.
Em seguida, ficaram Alagoas (R$ 777) Amazonas (R$ 800), Pernambuco (R$ 829), Piauí (R$ 837), Bahia (R$ 843), Pará (R$ 847), Amapá (R$ 855), Paraíba (R$ 876), Ceará (R$ 881), Acre (R$ 888), Sergipe (R$ 929), Rondônia (R$ 1.023), Tocantins (R$ 1.028), Roraima (R$ 1.046) e Rio Grande do Norte (R$ 1.109).
Esses dados mostram que alguns estados tiveram um aumento da renda bem mais expressivo que outros. A título de comparação, o valor recebido pela população do Tocantins cresceu R$ 351, enquanto o avanço registrado em Roraima foi de R$ 120, quase três vezes menor. Aliás, neste exemplo, ambos os estados são da região Norte.
Entenda o levantamento do IBGE
Segundo o IBGE, o levantamento sobre o rendimento domiciliar per capita considera o total dos rendimentos domiciliares (em termos nominais) e o número de moradores. Assim, inclui a renda de trabalho, bem como de outras fontes.
Além disso, o cálculo também considera todos os moradores do domicílio. Em suma, incluem-se pensionistas e empregados domésticos, além de parentes dos empregados domésticos.
“Os valores foram obtidos a partir dos rendimentos brutos de trabalho e de outras fontes, efetivamente recebidos no mês de referência da pesquisa, acumulando as informações das quintas visitas da PNAD Contínua feitas no 1º, 2º, 3º, e 4º trimestres de 2022.”, explicou o IBGE.
Todos estes dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (PNAD Contínua). A propósito, estas estimativas servem para o rateio do Fundo de Participação dos Estados (FPE), conforme definição pela Lei Complementar nº 143, de julho de 2013.