O Renascimento Comercial e Urbano: um resumo
O Renascimento Comercial e Urbano foi um dos principais acontecimentos de toda a Idade Média, uma vez que foi responsável por gerar uma série de transformações políticas, econômicas e sociais.
Assim, não é de se surpreender que o assunto apareça de maneira extremamente frequente nas principais provas de história geral do Brasil, incluindo os vestibulares e o ENEM.
Dessa maneira, é fundamental que você domine as principais características desse assunto para garantir um bom desempenho em suas provas.
Renascimento Comercial e Urbano: Introdução
Podemos afirmar que o Renascimento Comercial e Urbano foi o resultado de uma série de mudanças significativas ocorridas durante a Baixa Idade Média no continente europeu. O acontecimento transformou o modo de vida da sociedade da época, estabelecendo novas relações sociais e novos modos de vida. A sociedade medieval foi reorganizada e novos meios de trabalho surgiram.
O Renascimento Comercial e o Renascimento Urbano estão intimamente conectados e relacionados. Dessa maneira, costuma-se unir os dois acontecimentos em um único termo.
Ambos os renascimentos resultaram no crescimento das cidades e na mudança de sua organização física e social. Com as transformações, foi necessário o estabelecimento de novos meios de circulação das mercadorias que eram necessárias e produzidas em maior número, devido ao crescimento das cidades. Além disso, o aumento das relações comerciais fez com que o uso da moeda fosse amplamente adotado por praticamente todas as cidades europeias.
Historiadores afirmam que o Renascimento Comercial e Urbano tenha se consolidado na Europa de forma expressiva entre os séculos XIV e XV.
Renascimento Comercial: Características
O Renascimento Comercial foi marcado pelo fortalecimento do comércio durante a Baixa Idade Média.
Diversas mudanças ocorreram no período, mas, sem dúvidas, a principal delas foi o surgimento de uma nova classe social: a burguesia.
O surgimento dos burgueses influenciaria uma série de outros importantes acontecimentos dos séculos posteriores, uma vez que a classe se consolidou na política e na economia de praticamente todos os países europeus. Podemos citar como exemplos dessa forte influência e atuação as Revoluções Burguesas que ocorreriam no século XVII e XVIII.
Além disso, o Renascimento Comercial fez também com que o uso da moeda se tornasse necessário. Isso porque, o comércio foi impulsionado pelo aumento da produção agrícola e, dessa maneira, as moedas eram necessárias para que a comercialização do excedente produzido pudesse ocorrer.
Outra transformação é a situação dos comerciantes: parte significativa desses trabalhadores deixa de trabalhar de forma itinerante pelas várias cidades europeias e passam a vender suas mercadorias em espécies de lojas, consolidando o processo de sedentarização do comércio.
O comércio marítimo também ganhou mais espaço a partir do advento do Renascimento Comercial no século XIV. Principalmente, as relações comerciais marítimas, que cresciam desde a época das Cruzadas, se consolidam com o início das Grandes Navegações, no século seguinte. Especiarias, tecidos e outros produtos que não existiam na Europa Medieval e Moderna passaram a ser muito procurados por aqueles de classes sociais mais abastadas, impulsionando o comércio.
Renascimento Urbano: Características
Por sua vez, o Renascimento Urbano é resultado do grande aumento populacional sofrido pelas cidades europeias entre os séculos XIV e XV. Esse crescimento ocorreu principalmente devido ao aumento da produção alimentar, que foi impulsionada pelo desenvolvimento de técnicas agrícolas.
Além disso, na época, melhores condições de vida poderiam ser encontradas nos grandes centros urbanos. Dessa maneira, camponeses deixavam o campo em direção aos burgos, abandonando a situação de servidão para se tornaram trabalhadores assalariados.
A migração em massa da cidade para o campo resultou na criação de uma pluralidade de ofícios, contribuindo para a consolidação do comércio, para a movimentação da economia e para o crescimento das cidades.
Como resultado da migração em massa e do estabelecimento do comércio, os burgos, cidades medievais, se expandiam de maneira rápida por toda a Europa.