Redação do Enem: o Examinador pode discordar do meu argumento? - Notícias Concursos

Redação do Enem: o Examinador pode discordar do meu argumento?

Escrever uma redação persuasiva é um desafio que os estudantes enfrentam em diversos exames e avaliações, como o ENEM e vestibulares. A habilidade de apresentar argumentos sólidos e bem estruturados é fundamental para obter uma boa nota nessa tarefa.

No entanto, uma dúvida que frequentemente surge é: o que acontece se o examinador discordar dos argumentos apresentados? 

A natureza subjetiva da Redação

É importante lembrar que a correção de uma redação é uma tarefa intrinsecamente subjetiva. O examinador, muitas vezes, traz suas próprias perspectivas, experiências e conhecimentos para a avaliação. Isso significa que, mesmo que você tenha apresentado argumentos lógicos e convincentes, pode haver casos em que o examinador discorda do seu ponto de vista.

Essa subjetividade na correção é uma das razões pelas quais a redação é uma tarefa desafiadora e também uma das habilidades mais valorizadas em avaliações acadêmicas. Ela não apenas testa a capacidade do aluno de estruturar e expressar ideias, mas também sua capacidade de persuasão e argumentação.

Como os examinadores avaliam as redações

Para entender o que acontece quando um examinador discorda do seu argumento, é útil conhecer o processo de avaliação de redações. Os examinadores geralmente seguem um conjunto de critérios predefinidos ao avaliar redações.

Segundo estabelecido pelo Inep, a prova de redação do ENEM, por exemplo, é avaliada a partir de cinco competências. Alguns dos critérios comuns nas provas tanto do ENEM quanto de outros processos seletivos incluem:

1. Clareza e Coerência

Os examinadores avaliam se a redação é clara e coerente em sua estrutura. Portanto, eles verificam se as ideias estão organizadas de forma lógica e se há uma progressão natural de argumentos.

2. Uso de Evidências

A capacidade de apresentar evidências sólidas e relevantes para sustentar os argumentos é um aspecto fundamental da avaliação. Os examinadores verificam se as evidências apresentadas são convincentes e, principalmente, se são apropriadas.

3. Profundidade de Análise

A profundidade da análise é um critério importante. Nesse sentido, os examinadores consideram se o aluno aprofundou-se nas implicações e nas ramificações dos argumentos apresentados.

4. Coerência com o Tema

É essencial que a redação esteja em sintonia com o tema proposto. Os examinadores avaliam se os argumentos e exemplos são relevantes para o tópico e se estão de acordo com os textos apresentados para nortear a proposta.

5. Domínio da Língua

Erros gramaticais e de ortografia podem afetar a nota de uma redação. Os examinadores observam o domínio da língua e a capacidade do aluno de se comunicar de forma clara e precisa.

6. Originalidade e Criatividade

A originalidade e a criatividade na abordagem do tema podem adicionar valor à redação. Os examinadores valorizam a capacidade do aluno de apresentar perspectivas únicas.

Exemplo de redação nota mil do Enem 2021. Imagem: Reprodução
Exemplo de redação nota mil do Enem 2021. Imagem: Reprodução

O que acontece quando o examinador discorda?

É importante entender que o desacordo do examinador com os argumentos apresentados não é, por si só, uma razão para uma nota baixa. Os examinadores são treinados para avaliar redações de forma imparcial e objetiva, independentemente de concordarem ou discordarem dos pontos de vista apresentados.

Quando um examinador discorda dos argumentos de um aluno, isso pode resultar em uma análise mais crítica da redação. O examinador pode procurar evidências adicionais ou uma análise mais profunda para sustentar o ponto de vista do aluno. Em última análise, a qualidade da argumentação e a capacidade de persuasão do aluno desempenham um papel central na nota final.

Escrever uma redação persuasiva é uma habilidade valiosa que envolve a apresentação de argumentos sólidos e bem fundamentados. O desacordo do examinador é uma possibilidade comum, pois a avaliação de redações é de natureza subjetiva.

No entanto, o desacordo não é necessariamente prejudicial, desde que você aborde-o de forma construtiva, com evidências sólidas e uma análise crítica.

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