Guedes reajustes podem “destruir nossa economia”

O ministro da Economia, Paulo Guedes,  voltou a criticar o reajuste salarial para os servidores nesta quinta-feira (07). O ministro afirmou que a medida poderia causar  a mesma lógica da indexação que gerou a hiperinflação que aconteceu entre os anos 1980 e início dos anos 1990. As informações são do portal Metrópoles.

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“Agora, se começar a dar reajuste para todo mundo, nós estamos empurrando o custo para filhos e netos, além de destruirmos a nossa economia também. Porque nós vamos voltar à lógica da realimentação inflacionária, de indexar tudo outra vez”, disse Guedes.

Há informações que o governo estaria reavaliando um reajuste salarial estre os servidores, mas ainda não há informações quais categorias ou percentuais serão reajustados, “Agora, tem dois campos. Um campo que partiu para o populismo, de dar aumento salarial num momento em que ainda está se combatendo a crise; e outro que diz: ‘olha, espera um pouco, espera a doença ir embora e, depois, nós vamos reavaliar e dar aumentos salariais’”, comentou.

Neste cenário, o ministro também negou que vá acontecer uma “reposição da inflação” que chegou a 10% no ano passado. “Durante a pandemia, a gente gasta com a pandemia e depois aí sim você começa a reparar alguns que ficaram para trás. Mas não pode ter aquela lógica passada de reposição. ‘Ah, vou repor’. Se houve uma queda, uma perda, nós somos uma geração que pagou pela guerra”, finalizou.

Privilegiar reajuste salarial de policiais federais?

O presidente Jair Bolsonaro chegou a avaliar a possibilidade de privilegiar o reajuste salarial de policias federais, o que aumentou o descontentamento de outra categorias. Num cenário de greves, tal qual aconteceu com servidores do Banco Central, o presidente pode reavaliar sua posição. A ideia é que o reajuste possa ser mais igualitário entre os grupos.

Mesmo assim o que de fato será feito ainda é incerto, pelo menos oficialmente nada foi anunciado. O que se pode fazer, infelizmente, é aguardar uma um pronunciamento oficial sobre o assunto e sobre a decisão de valores de reajuste salarial e período que este será feito.

Pelo menos 11 categorias do funcionalismo público federal estão atuando por reajuste salarial, seja em estado de greve ou não; o cenário pode gerar atrasos em serviços públicos e até falta de atendimento se a greve for ampliada.

A população pode ser afetada inclusive no atendimento do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

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