O Quinhentismo diz respeito ao período histórico da literatura produzida no Brasil no “descobrimento”.
Desse modo, essa escola literária compreende a produção de cartas, crônicas e sermões produzidos desde a de chegada de Pedro Álvares Cabral e sua frota à localidade da Ilha de Vera Cruz, no dia 22 de abril de 1500.
Literatura de informação
A obra deste período é também chamada de literatura de informação, pois tinha o caráter de relato. Nesse sentido, cartas e crônicas traziam uma ampla e detalhada descrição da terra recém “descoberta” nas Grandes Navegações de Portugal.
As obras da literatura de informação traziam muito a visão do autor sobre o desconhecido, pois continha as suas primeiras impressões sobre os nativos da terra, sobre a fauna e a flora. É, então, uma obra que documenta o período de colonização do Brasil.
Nesse sentido, A Carta de Pero Vaz de Caminha, considerada a obra que dá início à literatura brasileira, é o primeiro texto da literatura de informação. Nela, Caminha conta para o para o Rei de Portugal, D. Manuel, sua percepção sobre o que vê na então Ilha de Vera Cruz.
Outras obras de destaque no período são:
- Diário de Navegação (1530), de Pero Lopes e Sousa;
- Tratado da terra do Brasil e a História da Província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil (1576), de Pero de Magalhães Gândavo;
- História do Brasil (1627), de Frei Vicente do Salvador.
Literatura de catequese
Por outro lado, havia também a literatura de catequese, vez que os jesuítas tinham o objetivo de converter os povos indígenas ao catolicismo. Assim, essa literatura de caráter catequizador apresentava forte cunho moral e pedagógico.
Os sermões e crônicas eram muito presentes, desse modo, os padres Manuel da Nóbrega, Fernão Cardim e José de Anchieta são os autores de maior destaque.
Resumidamente, entre as características gerais do Quinhentismo podemos destacar as crônicas de viagens, o caráter descritivo dos textos, a conquista material e espiritual. A linguagem era simples e muito marcada pelo uso de adjetivos.
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