Uma pesquisa recente apontou que quase 70% dos trabalhadores que estão atuando como autônomos desejam ter um trabalho formal. Entre as principais razões, está o fato de poder receber um salário fixo e a busca por mais estabilidade.
Os dados foram revelados por uma pesquisa da Sondagem do Mercado de Trabalho, um novo estudo que avaliou a situação dos autônomos no país e teve a participação do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas. Foram 2 mil pessoas que participaram do estudo.
Os dados que foram recolhidos pela FGV durante os meses de agosto, outubro e novembro mostraram que 69,6% dos trabalhadores por conta própria desejam ter algum vínculo formal e outros 30,4% estão satisfeitos atuando por conta própria.
Pelo menos 33,1% afirmam que desejam possuir rendimentos fixos. Os que querem garantir benefícios como vale-alimentação e planos de saúde representam 31,4%. Os trabalhadores autônomos têm um papel fundamental para diminuir os índices de desemprego no país.
Na última pesquisa, foram apresentados os indicadores atualizados sobre emprego no Brasil, por meio da divulgação do IBGE. Nela observou-se um novo recorte no número total de trabalhadores que estão exercendo suas atividades sem carteira assinada.
Para economistas e pesquisadores que estiveram a cargo da pesquisa técnica, houve uma queda do desemprego no último trimestre, que fechou em 8,3%. Apesar disso, esse dado não demonstra uma melhora significativa no mercado de trabalho quanto a renda obtida.
Isso porque há um alto índice de insatisfação dos trabalhadores pela sua renda. Para grande parte da população, a renda caiu a níveis mais acentuados em relação ao período anterior a pandemia.
O mercado de trabalho apresentou uma melhora significativa ao longo deste ano no quesito ocupação e desemprego, inclusive mostrando recorde nos números da população ocupada, ainda que as pesquisas tenham mostrado bastante cautela com relação a esses números, sobretudo no que se refere a qualidade de trabalho e renda.
O trabalho autônomo é exercido com as atividades liberais, como a prestação de serviços para pessoas jurídicas ou físicas por um tempo específico, sem que ocorra nenhum tipo de vínculo empregatício e compromissos previdenciários.
Pode existir em alguns casos um favorecimento aos trabalhadores autônomos nas questões tributárias e na facilidade nos dias atuais de conseguir trabalho no mercado digital. Dessa forma, ele possui mais autonomia profissional, pois não assume o papel de funcionário ativo e pode também definir os seus horários.
A prestação de serviços autônomos para muitas pessoas pode ser eventual, mas pode se tornar habitual com o passar do tempo. As suas responsabilidades são bem diferentes do que ocorre para um profissional CLT, que está sempre sobre o poder e as ordens de uma direção profissional.
Apesar disso, os autônomos não possuem uma série de benefícios trabalhistas que os trabalhadores CLT possuem, além de terem, potencialmente, uma menor estabilidade de trabalho em muitos casos.
Para quem atua como PJ ou no caso dos autônomos, algumas habilidades precisam ser construídas em si mesmo para facilitar o relacionamento com os clientes, buscando obter sucesso e cumprir com o objetivo de ser mais bem sucedido do que trabalhando no mercado formal.