Quase 60% não comeu com qualidade desde início da pandemia

Quase 60% da população não comeu com qualidade desde início da pandemia

Quase 60% da população brasileira não comeu com qualidade desde o início da pandemia do coronavírus no Brasil. Quem está dizendo isso é uma pesquisa da Universidade de Berlim, na Alemanha. O nome do estudo é Alimento para Justiça: Poder, Política e Desigualdades Alimentares na Bioeconomia.

A pesquisa em questão aponta que 59,3% dos brasileiros não comeram bem desde o ano passado. Esse dado inclui as pessoas que não tiveram alimentos de qualidade por um longo período de tempo, e os casos em que as pessoas não se alimentaram bem pelo menos em algum momento da pandemia.

O estudo não conta as pessoas que não comeram bem por opção. Então se uma pessoa prefere comer uma porção de batata frita no lugar de um prato de feijão com arroz, por exemplo, ela não entra nessa estatística. Isso porque se entende que ela não comeu bem por uma escolha pessoal.

Os analistas levaram em consideração o número de pessoas que não comeram com qualidade por uma questão de falta de opção. São pessoas que queriam comer de forma mais saldável, mas não conseguiram justamente por causa da falta de dinheiro.

Ao todo, nós estamos falando de 125,6 milhões de pessoas que passaram ou que ainda estão passando por essa situação no país. Boa parte delas ainda estão nesta situação até agora. Isso porque o país ainda não se livrou da pandemia e nem do aumento do preço dos alimentos.

Auxílio não adiantou

Vale lembrar que durante boa parte do ano passado, o Governo Federal chegou a pagar um auxílio para a população mais humilde. Em alguns casos, o programa pagou parcelas de até R$ 1200 para as mães solteiras. No entanto, nem isso ajudou a salvar as famílias.

Isso aconteceu porque muita gente usava essa quantia para conseguir comprar um grande nível de comida. E para comprar comida em larga escala, o melhor mesmo era apostar nas marcas com menos qualidade. Assim, dava para levar mais produtos para casa, ou quem sabe dar uma arrumada no banheiro.

Seja como for, os analistas reconhecem que o Auxílio Emergencial do ano passado acabou salvando mais gente do que se poderia imaginar. O dinheiro existiu justamente para tentar salvar as pessoas que não estavam podendo trabalhar por causa dos fechamentos na pandemia.

O retorno

Depois de pagar o Auxílio durante boa parte dos meses do ano passado, o Governo Federal passou os meses de janeiro, fevereiro e março sem pagar o benefício. Na época, o Presidente Jair Bolsonaro e o Ministro da Economia, Paulo Guedes, disseram que não dava mais para pagar o dinheiro.

No entanto, com o aumento no número de caos em cidades como São Paulo e Manaus, por exemplo, a pressão pelo retorno do programa tomou outra proporção. Diante disso tudo, o Governo Bolsonaro optou pelo retorno do projeto agora no mês de abril.

Desta vez, entretanto, o programa está bem menor do que aquele que vimos no passado. Em 2021, cerca de 40 milhões de pessoas deverão receber o benefício, no ano passado esse número beirou os 70 milhões. Os valores, aliás, também caíram. Agora o Governo está pagando parcelas de no máximo R$ 375.

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