A violência contra a mulher é uma realidade no Brasil e no mundo. Desse modo, os dados sobre violências de todos os tipos contra as mulheres são alarmantes. Além da violência doméstica que afeta mulheres de todas as classes sociais, há ainda o assédio e a violência sexual. Tais questões são amplamente discutidas pelo movimento feminista e são problemáticas sociais da atualidade, de modo que pode ser cobrado em provas de vestibular e em outros exames que abordem questões da atualidade.
O que é a “cultura do estupro”?
Diante dos casos de violência sexual contra as mulheres e o tratamento que a sociedade patriarcal costuma dar às vítimas surgiu o termo “cultura do estupro”. O termo foi cunhado durante a segunda onda feminista, na década de 70, e tem como objetivo apontar comportamentos sutis ou explícitos que silenciam ou relativizam a violência sexual contra a mulher.
Apesar de o estupro ser crime, há muitos que pensam que a culpa do crime acontecer é da vítima. Há diversos casos em que as mulheres violentadas acabam sendo responsabilizadas pela violência que sofreram.
De acordo com o relatório Tolerância social à violência contra as mulheres, divulgado pelo Ipea, 58% dos ouvidos pela pesquisa concordavam com a afirmação de que “se as mulheres soubessem se comportar haveria menos estupros”. Para muitos, a conduta moral das mulheres é o que “gera” ou “atrai” o estupro ou assédio. Isso decorre do sistema patriarcal que inferioriza as mulheres, as limita sexualmente e as coloca em posição de subalternidade em relação aos homens.
Desse modo, ainda permanece o pensamento de que a mulher deve ter determinados tipos de comportamento para obter o respeito dos homens; ou seja, deve seguir as regras impostas pelo patriarcado. Assim, uma mulher com saia curta, que anda sozinha à noite, ou que bebe muito, por exemplo, não se encaixa dentro do esperado pela sociedade. Nesse sentido, quando uma mulher sofre uma violência sexual, a chamada “cultura do estupro”, que normaliza o crime e ainda culpabiliza a vítima, gera julgamentos quanto ao comportamento da vítima. Isso gera injustiças, aumenta a impunidade dos culpados e ainda relativiza o problema do estupro.
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