O programa EducaMídia faz parte do Instituto Palavra Aberta, recebeu um auxílio de R$ 5 milhões do Google.org, parte filantrópica da empresa de tecnologia. De acordo com a entidade, o intuito é estender até 2023 as ações já criadas.
O projeto ensina jovens a navegar na internet, assim como a identificar informações falsas, assim como produzir conteúdo de qualidade. Além disso, a assistência visa expandir o projeto, com ações voltadas ao público com mais de 60 anos e jovens eleitores.
A educação midiática está presente na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que define o que deve ter nos currículos escolares.
O grupo de regras acabou aprovado em 2017, para o ensino fundamental, e em 2018 para o ensino médio. Espera-se que todas as escolas possuam novos currículos em 2022.
A presidente do Instituto Palavra Aberta, Patrícia Blanco, diz que a pandemia demonstra ainda mais as desigualdades já existentes na educação pública.
Ela afirma que a falta de excesso à tecnologia, a exclusão digital, a falta de infraestrutura e a deficiência na formação dos professores, ficaram ainda mais evidentes.
Ela completa: “A exigência de competências para viver em um mundo cada vez mais digital torna urgente a adoção de estratégias que preparem crianças e adolescentes para atuarem de forma plena na sociedade conectada”.
Para ela, a educação midiática deve ser um direito do estudante. Por isso ela afirma: “não é mais uma vantagem ser educado midiaticamente; mais do que isso, é uma desvantagem debilitante não ser”.
Programa EducaMídia na capacitação de professores
O programa EducaMídia foi criado em 2019 para oferecer capacitação para professores auxiliarem jovens a ter uma visão crítica sobre as informações que chegam até eles.
Através do site do programa existem conteúdos para ajudar professores a preparam as aulas.
A saber, o plano de aulas mais baixado até o momento é o “Muito além das Fake News” com cerca de 33 mil downloads.
Patrícia afirma: “Isso mostra que o combate à desinformação é hoje urgente, necessário e fundamental para o exercício da democracia”.
Além disso, segundo uma pesquisa da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aponta que 67% dos estudantes de 15 anos no Brasil não conseguem diferenciar fatos de opiniões quando fazem leitura de textos.
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