Programa Voa Brasil está em risco, e governo corre para resolver problema

Programa Voa Brasil está em risco, e governo corre para resolver problema

Programa Voa Brasil prevê a disponibilização de passagens aéreas a R$ 200 para qualquer trecho do Brasil

Em entrevista nesta semana, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou uma nova previsão de data para o lançamento do Voa Brasil. Trata-se do programa que prevê a liberação de passagens aéreas a R$ 200 para qualquer trecho do país.

Na visão de Costa Filho, o programa em questão deverá ser lançado ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no próximo mês de março. O Ministério vem argumentando que não pôde realizar o lançamento antes por conta de um conflito de agendas entre os líderes do governo federal.

Entretanto, informações de bastidores dão conta de que a situação é mais grave do que se poderia imaginar inicialmente. Fontes de dentro do Ministério de Portos e Aeroportos indicam que as principais empresas de aviação do país ainda não teriam topado entrar no Voa Brasil.

O problema 

Até aqui, se sabia que Azul, Latam e Gol estavam realizando a seguinte negociação com o governo: o Planalto abriria linhas de crédito para a tomada de financiamento, e elas topariam participar do Voa Brasil já no decorrer deste ano de 2024.

Mas agora se sabe que o grau de exigência mudou, e as companhias aéreas também estão pedindo a redução do preço dos combustíveis de aviação como um segundo requisito para fazer parte do Voa Brasil.

Qual é o problema? Até agora, o governo federal não tem como garantir nenhum destes dois pedidos das companhias aéreas. E é justamente esta incerteza que pode fazer com que o Voa Brasil seja ainda mais atrasado no decorrer dos próximos meses.

Hoje, a abertura das linhas de crédito dependeria da criação de um fundo que seria usado como garantia pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Este movimento normalmente leva tempo, mesmo depois de uma definição por parte do governo federal.

Já a redução do preço do querosene de aviação parece ser um caminho ainda mais complexo. Recentemente, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que está disposto a conversar com as companhias aéreas, mas já deixou claro que não vai reduzir os preços em uma “canetada”.

Série de adiamentos do Voa Brasil

Desde que foi anunciado pelo governo, o Voa Brasil já foi adiado ao menos quatro vezes. O Ministério de Portos e Aeroportos avalia que tudo aconteceu por conta de um problema de agenda do ministro, que não pôde estar em Brasília no dia 5 de fevereiro, e nem em nenhum outro dia até o fim do carnaval.

“Por questão de ajuste com a agenda do presidente, vamos ter a data após o Carnaval”, informou o comunicado, sustentando que as agendas de Lula e de Silvio Costa Filho não estão em uma mesma página neste momento.

Programa Voa Brasil está em risco, e governo corre para resolver problema
Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Imagem: Antônio Cruz/ Agência Brasil

Quem poderá participar do Voa Brasil

Nem todos os brasileiros terão o direito de participar do Voa Brasil. De todo modo, o ministro frisou que provavelmente o projeto deverá atender cerca de 21 milhões de pessoas de todas as regiões do país. Neste primeiro momento, a ideia é atender:

As três principais empresas de aviação do Brasil (Latam, Gol e Azul) já estariam em conversa com o governo. As passagens poderão ser compradas por meio de um site, que ainda não foi oficialmente lançado pelo governo federal.

Dentro do planejamento do governo federal, a ideia é comercializar nada menos do que 5 milhões de passagens a R$ 200 durante o ano de 2024. O Ministério de Portos e Aeroportos acredita que a medida vai ajudar a promover o turismo nacional, já que mais pessoas poderiam ser atendidas pelo projeto.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Obrigado por se cadastrar nas Push Notifications!

Quais os assuntos do seu interesse?