Todos os professores brasileiros deverão receber a vacina contra a Covid-19 até o próximo mês de setembro. Pelo menos essa é a promessa do Governo Federal. Representantes do Planalto falaram sobre o assunto durante uma audiência pública na manhã desta sexta-feira (30) na Câmara dos Deputados. Vários nomes importantes estavam lá.
A Coordenadora do Plano Nacional de Imunização (PNI), Franciele Fantinato, por exemplo, estava nessa audiência. De acordo com ela, a ideia do Governo é dar um foco total para essa classe trabalhista neste momento da pandemia do novo coronavírus. Pelo menos essa é a regra.
Fantinato disse que todos os professores deverão receber a primeira dose das vacinas ainda no próximo mês de junho. Então pela lógica quem receber as doses da Coronavac, vai poder ter a segunda dose no mês seguinte, que no caso é julho. É o que se espera.
O grupo de professores que tomar a Astrazeneca, vai ter que esperar um pouco mais para se imunizar completamente. Isso porque neste caso, o intervalo entre as duas doses é de 84 dias. Assim, eles só receberiam a segunda dose no mês de setembro.
É justamente por isso que o Governo Federal estima que a esta altura todos os professores do país estejam com a imunização contra a Covid-19 em dia. Isso vale para todos os profissionais, seja o professor que trabalha com educação básica, seja o professor que trabalha com universitários.
Só uma previsão
Ao mesmo passo em que disse isso, Fantinato deixou claro que a ideia trata-se apenas de uma previsão. É que para chegar nesse cálculo, o Governo se baseou em estimativas de chegadas de novas vacinas do exterior. Se elas atrasarem mais uma vez, esse prazo vai passar por mais uma mudança. E aí seria mais um atraso.
“Pode haver variáveis que estão sendo monitoradas pela secretaria executiva do ministério que podem estar trazendo atrasos ou não nesse cronograma, e essas variáveis estão sendo trabalhadas para que esses cronogramas sejam cumpridos”, disse a Coordenadora.
Há uma preocupação com os professores neste momento no Brasil. Isso porque o país está em um processo de retorno escolar neste momento. Então muitos sindicatos e organizações que estão representando esses profissionais estão criticando a falta de proteção contra a Covid-19 no ambiente escolar.
“Vacina pela educação”
E em um debate mais amplo, há uma preocupação com a situação da educação no país. Como se sabe, quase todas as escolas tiveram que fechar as portas por um longo período de tempo no ano passado. E muitos especialistas na área acreditam que o ensino remoto não alcança os mesmos resultados.
Pesquisas de institutos internacionais apontam que a cada ano sem estudar é um pouco menos de salário no futuro do estudante. É por isso que há portanto uma preocupação com a situação desses alunos e desses professores agora.
Além dos professores, vários outros grupos trabalhistas também pediram o direito de se vacinarem com prioridade contra a Covid-19. No entanto, com a falta de vacinas no país, está aparentemente difícil atender até mesmo todo o grupo prioritário neste momento.