O modernismo foi um movimento literário de grande relevância para a historiografia da literatura no Brasil. Assim, situado no século XX, o movimento nasce em um período de guerras e conflitos na Europa e no mundo.
É importante ressaltar que modernismo foi um movimento artístico, cultural, político e social muito amplo e, no Brasil, A Semana de Arte Moderna de 1922 marcou o seu início.
Além disso, o modernismo brasileiro possui três fases distintas. Trataremos aqui da primeira delas.
Primeira geração modernista
A primeira fase do modernismo no Brasil é chamada de “Fase Heroica” e vai de 1922, quando acontece A Semana de Ate Moderna, até 1930.
A Semana de 22 ocorreu em São Paulo no Teatro Municipal e, nesse evento, os artistas apresentaram ao público brasileiro uma estética inovadora.
O cenário político e social em que surgiu o movimento modernista era marcado por uma grande crise mundial, com a queda da bolsa de Nova York em 1929.
No Brasil, a primeira fase se deu durante o período chamado de República Velha (1889-1930). O período era então de poder das oligarquias de São Paulo e em Minas Gerais.
Características e principais nomes
Apesar da inspiração nas vanguardas europeias, a primeira geração tinha como um objetivo a busca da brasilidade nas obras. Desse modo, os temas da primeira fase foram temas nacionalistas, que se voltavam, portanto, para a cultura e identidade do Brasil.
Assim, entre as principais características da fase figuram o nacionalismo crítico, a busca pelo resgate das raízes culturais brasileiras, as críticas à realidade social e política no país, e o caráter anárquico.
Além disso, o modernismo se destacou pela inovação estética, inclusive na linguagem usada. Assim, a literatura da primeira fase trazia a valorização do cotidiano, a inovação da linguagem e estética, uso de coloquialismo, e o uso de ironia e sarcasmo, por exemplo.
Nesse sentido, a estética da poesia desse período se opunha à estética parnasiana e trazia liberdade da forma, com versos livres e brancos.
Entre os principais artistas desse período figura o “Grupo dos Cinco”, que era composto por Mário de Andrade (1893-1945), Oswald de Andrade (1890-1954), Menotti Del Picchia (1892-1988), Tarsila do Amaral (1886-1973) e Anita Malfatti (1889-1964).
Além deles, também tiveram muita importância Heitor Villa-Lobos(1887-1959), Graça Aranha (1868-1931) e Manuel Bandeira (1886-1968).
Entre as obras modernistas que marcaram a primeira fase podemos citar:
- Pau-Brasil (1925), de Oswald de Andrade;
- Pauliceia Desvairada (1922) e Macunaíma (1928), de Mário de Andrade;
- Terra Roxa e outras Terras, de Antônio de Alcântara Machado;
- O Estrangeiro (1926), de Plínio Salgado.
Por fim, nas artes plásticas, podemos destacar Di Cavalcanti, com o quadro Pierrot, de 1924. Além disso, há também as pinturas de Tarsila do Amaral e as obras do escultor Victor Brecheret.
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