O presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), Danilo Dupas, afirmou nesta quarta-feira, dia 10 de novembro, que a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e do Enade está garantida.
Dupas se apresentou hoje na Câmara dos Deputados para prestar explicações sobre dezenas de pedidos de demissão registrados na última segunda-feira. A Câmara solicitou esclarecimentos ao presidente do Inep quanto sobre o que haveria motivado a demissão conjunta e sobre uma possível crise no Inep.
No documento enviado pelos servidores que solicitaram desligamento de seus cargos, um dos motivos para as demissões seria a “fragilidade técnica e administrativa da atual gestão máxima” do órgão.
Questionado diversas vezes pelos deputados sobre a motivação dos funcionários, o presidente do Inep se limitou a dizer que se trata de ‘uma questão interna’.
“Vamos aprofundar melhor hoje em uma reunião com a Assinep [Associação de Servidores do Inep]. É uma questão interna que gostaria de tratar internamente, inicialmente, para buscar uma solução efetiva sem causar impacto negativo na sociedade”, disse.
Os servidores mencionaram ainda episódios de assédio moral no Inep. Contudo, Dupas negou as acusações de assédio moral. “Não compactuamos e repudiamos qualquer ato que se enquadre como assédio moral”, disse ele.
Enem e Enade estão mantidos
Ao todo, em cerca de uma semana, o Inep recebeu pedidos de demissão de 37 funcionários, entre eles, dois coordenadores. A demissão conjunta aconteceu a poucas semanas da aplicação do Enem 2021 e do Enade.
No entanto, Dupas garantiu que não há problemas na continuidade dos exames. “As provas do exame [Enem 2021] estão armazenadas em segurança, e o Inep está monitorando todo o processo de modo a garantir a normalidade de sua execução”.
A reunião com o presidente do Inep durou cerca de três horas. No entanto, as respostas dadas por Dupas não foram suficientes para muitos deputados. De acordo com o deputado Israel Batista (PV-DF), todas as perguntas não respondidas por Dupas serão enviadas por escrito para o ministro da Educação, Milton Ribeiro.
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