Nesta terça-feira (12), durante uma conversa com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), transmitida pela internet, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, anuncia que o banco vai reduzir a taxa de juros do cheque especial.
Não informando o valor, Guimarães afirma que reduzirá a taxa, hoje de 2,9% ao mês. “Vamos anunciar muito em breve”, disse.
O presidente Bolsonaro elogiou a medida. “Apesar de todos os problemas que nós temos, a pandemia, a economia resiste ainda, lógico que vamos ter alguma perda, mas estamos fazendo o possível”, disse.
Durante a gestão de Pedro Guimarães, a política de redução da taxa de juros do cheque especial tem sido uma das marcas da Caixa. Em entrevista ao jornal O Globo, em janeiro, quando a taxa estava em 4,95% ao mês, ele explicou a política.
“A gente passou o cheque especial de 14% para 4%, e o meu objetivo é ir para 2%, 2,9% ao mês. Nós tínhamos uma inadimplência ‘X’ quando cobrávamos 14%, temos uma inadimplência muito menor quando cobramos 4,9%. Se a gente conseguir reduzir a inadimplência e aumentar a carteira, podemos continuar diminuindo o cheque especial porque o que interessa para a gente é a rentabilidade”, explicou.
Caixa reduziu juros durante pandemia
Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal anunciou a redução na taxa de juros do cheque especial e do parcelamento do cartão de crédito, sendo o segundo anúncio de redução em sete dias por conta da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.
De 4,9% a taxa do cheque especial do banco passará para 2,9% ao mês. Também foi anunciado a redução para 2,9% da taxa de juros cobrada no parcelamento do cartão de crédito.
O presidente também anunciou o aumento de 60 para 90 dias o prazo da pausa para contratos de empréstimos de pessoas físicas e empresas, incluindo contratos habitacionais. Afirma ainda que esse prazo pode aumentar novamente, se necessário. Segundo informações dadas pelo presidente, até hoje 750 mil clientes já pediram a postergação do pagamento das parcelas da casa própria.
“Já conversei com o Paulo Guedes (ministro da Economia). Se necessário, ampliaremos para 120 dias, 150 dias”, afirmou o presidente.