O prefeito da cidade de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) afirmou em sabatina realizada pelo Estadão e o movimento Todos pela Educação, que é “um erro comparar a educação com qualquer outra atividade econômica”. Para ele, deve-se haver ponderação em relação à reabertura das escola no município.
Covas também afirmou que segue as orientações dos profissionais da saúde e vigilância sanitária.
“É exatamente seguindo essa recomendação que não vamos liberar o ensino infantil e fundamental em novembro. Sou o responsável pela vida de 2,5 milhões de estudantes, dos professores, dos familiares, dos alunos”.
A saber, o município de São Paulo se encontra na fase verde do plano de reabertura econômica. Desse modo, começou a ocorrer a autorização para diversas áreas, como por exemplo o funcionamento de atividades culturais.
Contudo, as escolas seguem fechadas para aulas presenciais, somente oferecendo atividades extracurriculares. Mas de acordo com Covas, o retorno para o ensino médio segue marcado para o dia 3 de novembro.
Para justificar a cautela em retomar as aulas presenciais, o prefeito disse que as atividades econômicas não podem se traçadas em um mesmo paralelo com o dia a dia na escola.
“A educação tem de ser tratada com o olhar atento para evitar qualquer segundo pico da doença. Temos inúmeros estudos em relação à transmissão dos jovens, a carga viral das crianças”.
Bruno Covas também afirmou que a decisão pela reabertura não tem nenhum interesse político. Além disso, opinou que os professores devem ganhar mais confiança para o retorno à escola.
Covas falou sobre Ideb e creches
Durante a sabatina Covas, candidato à reeleição, respondeu perguntas acerca do desempenho da cidade no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), que serve como indicador da qualidade educacional no Brasil.
A saber, a capital paulista ficou abaixo das expectativas para 2019, em 10° lugar. O prefeito se diz insatisfeito, e que deverá avaliar cada escola municipal para traçar estratégias diferentes para cada uma.
Por fim, indagado sobre as creches, Bruno diz que o desafio será buscar as crianças que não se matricularam. Ele ainda afirmou “A gente tinha dificuldade de reduzir a fila em creche, agora a dificuldade é a busca ativa e garantir a vaga perto da casa da criança”.