Os brasileiros que dependem de cesta básica conseguiram comemorar a redução de valores em julho. O valor da cesta caiu na maioria dos locais pesquisados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no mês passado.
Em resumo, o levantamento coleta preços em 17 capitais brasileiras, revelando as variações nos valores da cesta básica, tanto em relação ao mês anterior quanto ao ano anterior. Além disso, o Dieese informa mensalmente quais produtos tiveram as maiores oscilações em seus valores.
Dessa forma, os consumidores conseguem entender o que ajudou a encarecer ou reduzir o preço da cesta básica em cada mês. Em julho, alguns itens muito importantes na mesa dos brasileiros ficaram mais baratos no país, para alegria da população.
Por isso que o valor da cesta básica caiu em 13 dos 17 locais pesquisados, aliviando o bolso dos consumidores destes locais. Inclusive, os locais restantes tiveram aumentos bem tímidos, que não devem ter pressionado o rendimento familiar da população.
Feijão fica mais barato em todas as capitais
De acordo com o Dieese, o preço do quilo do feijão caiu em todas as 17 capitais em julho, assim como ocorreu em junho. O levantamento coleta os valores do feijão preto nas capitais do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro. Já o tipo carioquinha é pesquisado nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, bem como em Belo Horizonte e São Paulo.
No caso do feijão preto, o menor recuo foi registrado no Rio do Janeiro (-0,38%), enquanto a maior redução ocorreu em Florianópolis (-5,06%). Já no acumulado dos últimos 12 meses até junho, os preços caíram em Vitória (-2,24%) e Curitiba (-0,59%), mas subiram em Florianópolis (4,82%), Porto Alegre (3,42%) e Rio de Janeiro (0,41%).
Por sua vez, as variações do tipo carioquinha oscilaram entre -3,98% em Natal e -11,59% em Belo Horizonte. No acumulado de 12 meses, todos os locais registraram queda no preço do feijão, com destaque para Belo Horizonte (-22,06%) e Campo Grande (-16,20%). Cabe salientar que o Dieese coleta os preços dos tipos de feijão mais consumidos em cada local.
Em julho, o grão ficou mais barato no Brasil devido à baixa demanda interna. Isso aconteceu, principalmente, pelas férias escolares e pela normalização da oferta devido à colheita da 3ª safra, segundo o Dieese.
Todos esses resultados impactaram o preço da cesta básica, que acabou ficando mais barata na maioria dos locais pesquisados em junho. Contudo, não foi apenas o feijão que puxou o valor da cesta básica para baixo no mês passado.
Confira abaixo outros alimentos que pesaram mais significativamente no bolso dos brasileiros em abril.
Carne bovina de primeira mais barata
Outro alimento também bastante consumido pelos brasileiros ficou mais barato em julho e aliviou um pouco o valor da cesta básica: a carne bovina de primeira.
Em síntese, o item ficou mais barato em todas as capitais, assim como o feijão, com os preços caindo entre -0,86%, em Vitória, e -7,16%, em Florianópolis. Isso aconteceu devido à menor demanda interna e ao aumento do número de animais disponíveis para o abate
O Dieese também revelou que o preço da carne bovina caiu em todas as 17 capitais no acumulado dos últimos 12 meses, com destaque para Goiânia (-12,25%) e Brasília (-11,71%).
Quilo da batata fica mais caro
Seguindo a mesma trajetória, o preço do quilo da batata ficou mais barato em quase todas as capitais em julho. O item é muito consumido no país e a redução dos valores deve ter aliviado o bolso de milhares de famílias no mês passado.
As quedas oscilaram entre -5,95%, em São Paulo, e -33,12%, em Campo Grande. Em resumo, a colheita da safra de inverno ajudou a aumentar a oferta do tubérculo em julho, reduzindo os preços no varejo brasileiro.
A única exceção foi Porto Alegre, onde a batata ficou 3,59% mais cara. Aliás, a capital gaúcha teve a cesta básica mais cara do país em julho, ultrapassando São Paulo, que vinha liderando o ranking durante todo o ano de 2023.
Embora os preços tenham caído em quase todos os locais em julho, o resultado anual foi completamente diferente. A saber, os preços do tubérculo subiram em todos os 17 locais pesquisados no acumulado dos últimos 12 meses, com destaque para Porto Alegre (26,51%) e Brasília (19,72%).
Por fim, o Dieese coleta os preços nas seguintes capitais: Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.