Preço dos combustíveis vai cair em dezembro? Presidente da Petrobras responde

Preço dos combustíveis vai cair em dezembro? Presidente da Petrobras responde

Em dezembro, brasileiros de todo o país querem saber se vai existir alguma redução nos preços dos combustíveis

Com a chegada do final de ano, milhões de brasileiros de todas as regiões do país já começam a se preocupar com os preços dos combustíveis. Esta é uma preocupação legítima. Afinal de contas, quanto mais barato o combustível estiver, mais dinheiro sobra para a aquela viagem, aquele churrasco, ou até mesmo aquele presente de natal.

Mas afinal de contas, o preço dos combustíveis vai cair ou não no Brasil? Em entrevista nesta semana, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates foi questionado sobre este assunto. O questionamento é válido sobretudo depois da recente queda nos preços médios do barril de petróleo em todo o mundo.

O que disse o presidente da Petrobras

De acordo com Prates, a Petrobras não deve reduzir e nem elevar os preços dos combustíveis no Brasil nos próximos dias. Ele também adiantou que só vai voltar a discutir o tema quando voltar de Dubai. No momento, ele está participando da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28).

Este evento deve seguir até a próxima terça-feira (12). Na prática, isso significa que ao menos até o início da próxima semana, a Petrobras não fará nenhum tipo de anúncio de elevação, e nem de redução dos preços dos combustíveis no Brasil.

“Uma coisa é certa: eu não gostaria de fazer nada agora durante a COP28”, disse o presidente da Petrobras, ao jornal Valor Econômico. “Talvez, na semana que vem, depois que acabar a COP, quando a gente voltar, a gente faça a nossa reunião de preços.”

Preço dos combustíveis vai cair em dezembro? Presidente da Petrobras responde
Prates só vai tomar decisão depois de voltar da COP. Imagem: Tomaz Silva

Pressão por redução do preço dos combustíveis

Há uma pressão interna no governo federal para que a Petrobras tome esta decisão. Na última semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou pessoalmente com o presidente da estatal em ao menos duas ocasiões. Pelo menos é o que indicam as agendas oficiais da presidência.

O que ficou desta reunião? De acordo com informações de bastidores colhidas pela emissora Globo News, Prates teria dito que o momento é de cautela. Ele vai esperar mais uma semana para entender como o preço do petróleo mundial vai se comportar.

Hoje, o preço do barril está estabilizado na casa dos 80 dólares, patamar considerado baixo pela maioria dos especialistas. Mas dentro da Petrobras, há um temor de que a OPEP anuncie novas medidas para encarecer esta matéria prima.

Preços da Petrobras

Desde que assumiu a presidência da Petrobras no início deste ano, Jean Paul Prates vem sendo acusado de atuar para segurar os preços dos combustíveis de maneira artificial. Ele nega as acusações, e diz que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) jamais o fez este pedido.

Prates lembrou que, quando necessário, elevou os preços dos combustíveis no último mês de agosto, e elogiou a nova política de definição de preços, que está substituindo o Plano de Paridade Internacional (PPI).

“Podemos aguentar desconforto por um tempo. É bom para o Brasil (a nova política de preços da estatal) e não é ruim para a Petrobras. Abrasileirar os preços não é uma coisa de campanha (presidencial). A gente mudou o modelo e vai ajustar quando o novo patamar estiver consolidado”, seguiu ele, durante uma entrevista veiculada recentemente.

Estados anunciam aumento da gasolina

Seis estados da federação anunciaram nesta semana que deverão elevar a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Por meio de uma carta, os secretários econômicos de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e Rio Grande do Sul argumentaram que será preciso aplicar o reajuste para compensar as perdas com a Reforma Tributária.

O documento, no entanto, não deixa claro quais são as alíquotas que começarão a serem praticadas por estas unidades da federação. Este é um ponto importante para entender qual será o tamanho do impacto no bolso de milhões de brasileiros em breve.

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