O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a falar sobre o preço do gás. Criticado pelo valor continuar alto, o parlamentar se justificou sobre o assunto.
De acordo com ele, isso aconteceu devido à demora em aprovar o projeto de lei, parado no Congresso por um ano. “Não tinha como cair 40% o preço do gás se só foi aprovado agora. O novo marco do gás natural ficou parado um ano no Congresso e eu não xingo o Congresso. Eu entendo que foi a pandemia. Não faço mais previsões, porque respeito o tempo da política”, declarou o ministro.
A fala aconteceu em reunião na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, durante debate sobre a reforma administrativa. “Consultem seus assessores. Tem muito assessor no Congresso”, declarou o ministro já irritado.
Guedes vinha prometendo que o gás natural iria reduzir 40% do preço, isso após o marco sem aprovado. Isso aconteceria pela concorrência no mercado. Porém, não é tão instantânea está mudança, dizem especialistas.
O ministro disse que teria ficado arrependido de ter feito previsões mesmo com acordos políticos. “Não faço mais previsões porque respeito o timing da política”, declarou.
Entenda o marco do gás natural
O novo Marco Regulatório do Gás Natural (Lei 14.134, de 2021) foi publicado no mês passado.
“A nova lei garante, por exemplo, a desverticalização e a independência entre empresas de distribuição, transporte e produção com o objetivo de manter a competitividade e os elos da cadeia de gás independentes, evitando que um mesmo grupo controle todas as etapas do sistema até o consumidor final”, explica notícia no site do Senado.
O gás natural é usado em residências, comércios e indústrias. Ele é utilizado, por exemplo, em apartamentos, o chamado “gás encanado”. Já o preço do gás de cozinha, liquefeito de petróleo (GLP), não apresentou reajustes negativos recentemente.
Pelo contrário, o valor do gás de cozinha, um botijão de 13 kl, pode chegar a custar entre R$ 150 a R$ 200. Veja por que isso pode acontecer aqui.
As informações são do presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de Gás Liquefeito do Petróleo (Asmirg), Alexandre Borjaili.
Em alguns estados, o preço do gás de cozinha já ultrapassou R$ 100. Veja uma medida proposta pelo governo aqui.