As pessoas que estão comprando imóveis residenciais em 2023 vêm pagando um pouco mais caro, em comparação ao ano passado. O preço de venda de imóveis residenciais subiu 4,82% no Brasil, no recorte de janeiro a novembro deste ano.
Nesta matéria que acaba de sair, você poderá ver que, de acordo com o Índice FipeZap, o avanço anual foi completamente diferente do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), indicador considerado a inflação do aluguel. Em resumo, o IGP-M acumulou uma queda de 4,43% entre janeiro e novembro.
Já na comparação com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA), considerado a prévia da inflação oficial do Brasil, o Índice FipeZap teve uma variação um pouco mais intensa. Isso porque, no acumulado dos 11 primeiros meses de 2023, o IPCA registrou alta de 4,30%.
Para quem não sabe, o Índice FipeZap analisa o comportamento do mercado imobiliário em 16 capitais e 34 cidades brasileiras. Assim, a Fipe divulga uma média de variação mensal e anual dos preços em todos estes 50 locais pesquisados, baseando-se em anúncios imobiliários publicados na internet.
Veja a variação dos preços em um ano
O levantamento revelou que os preços de venda dos imóveis residenciais subiram em todas as 50 cidades pesquisadas. Entre as 16 capitais presentes no Índice FipeZap, todas tiveram taxa positiva no período, dificultando a vida dos consumidores que compraram um imóvel no período.
Confira abaixo a variação registrada por todas as capitais pesquisadas entre janeiro e novembro de 2023:
- Maceió (AL): 15,44%;
- Goiânia (GO): 13,11%;
- Campo Grande (MS): 12,46%;
- Florianópolis (SC): 11,87%;
- Manaus (AM): 9,60%;
- João Pessoa (PB): 8,89%;
- Belo Horizonte (MG): 7,93%;
- Salvador (BA): 6,12%;
- Curitiba (PR): 5,90%;
- Fortaleza (CE): 5,25%;
- São Paulo (SP): 4,53%;
- Recife (PE): 4,32%;
- Porto Alegre (RS): 1,95%;
- Vitória (ES): 1,93%;
- Brasília (DF): 1,89%;
- Rio de Janeiro (RJ): 1,48%.
Esses dados revelam que apenas seis capitais tiveram variações inferiores à taxa nacional. Como estas cidades exercem forte influência no Índice FipeZap, suas taxas menos expressivas puxaram a média do país para baixo, mesmo com várias cidades apresentando altas superiores a 10%.
Veja qual a capital mais cara do país
Em novembro, o preço médio calculado para as 50 cidades monitoradas foi de R$ 8.697/m². Confira o valor médio do metro quadrado de imóveis residenciais nas 16 capitais monitoradas:
- Vitória (ES): R$ 10.889;
- Florianópolis (SC): R$ 10.746;
- São Paulo (SP): R$ 10.659;
- Rio de Janeiro (RJ): R$ 9.994;
- Curitiba (PR): R$ 9.050;
- Brasília (DF): R$ 8.954;
- Belo Horizonte (MG): R$ 8.245;
- Maceió (AL): R$ 8.200;
- Recife (PE): R$ 7.537;
- Fortaleza (CE): R$ 7.160;
- Goiânia (GO): R$ 6.989;
- Porto Alegre (RS): R$ 6.666;
- Manaus (AM): R$ 6.408;
- João Pessoa (PB): R$ 5.882;
- Campo Grande (MS): R$ 5.877;
- Salvador (BA): R$ 5.874.
Como visto acima, apenas os valores de Vitória, Florianópolis, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Brasília ficaram acima da média nacional, impulsionando a taxa até novembro deste ano. As demais capitais pesquisadas tiveram valores inferiores ao preço médio do país.
No entanto, ao considerar todas as 50 cidades do levantamento, o metro quadrado mais caro foi o de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, onde chegou a R$ 12.575. Em contrapartida, o município de Betim, em Minas Gerais, foi o município com o metro quadrado mais barato do país, com o valor de R$ 3.828.
Preço de venda de imóveis disparou em 2022
A saber, o aumento dos preços de venda de imóveis residenciais teve um desempenho bastante expressivo em 2022. Embora a inflação tenha perdido força no país no decorrer do ano, isso não aconteceu no setor de venda de imóveis. Por isso, as pessoas que compraram um local no ano passado não tiveram muito o que comemorar.
Em síntese, o Índice FipeZap+ fechou o ano passado com uma variação de acumulada de 6,16%. Esse foi o maior avanço anual desde 2014, quando os preços de venda de imóveis subiram 6,70%. Em outras palavras, faziam oito anos que os valores não subiam tanto quanto no ano passado.
A título de comparação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 5,79% entre janeiro e dezembro de 2022. Em resumo, o indicador estourou pela segunda vez a meta inflacionária.
Da mesma forma, o aumento nos preços do aluguel de imóveis residenciais também superou a taxa registrada pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M). Em suma, o indicador acumulou uma variação de 5,45% em 2022, taxa que também ficou abaixo do IPCA.
Todos estes dados mostram que os novos proprietários de imóveis residenciais tiveram que pagar mais caro para adquiri-los no ano passado. E isso vem se repetindo em 2023, com os preços se mantendo em nível elevado no país.