Economia

Preço da Gasolina SOBE nos postos após reajuste da Petrobras

Os preços médios da gasolina subiram pela segunda semana consecutiva nos postos do país, após quatro semanas de queda. O avanço aconteceu devido ao reajuste promovido pela Petrobras, que elevou o valor do combustível vendido para as distribuidoras.

De acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a gasolina ficou 2,17% mais cara em relação à semana anterior. Com isso, o valor médio da gasolina passou de R$ 5,53 para R$ 5,65, ou seja, teve uma alta de 12 centavos.

Como os combustíveis comprometem uma renda considerável dos brasileiros, qualquer elevação acaba pressionando o orçamento das pessoas que abastecem o tanque dos veículos. Aliás, a expectativa é que a próxima edição do levantamento semanal da ANP indique um avanço ainda mais expressivo, para tristeza dos consumidores.

Petrobras eleva preço da gasolina

Na última quarta-feira (16), a Petrobras elevou em 16,3% o valor da gasolina comercializada para as distribuidoras do país. Em resumo, esse foi o primeiro aumento no valor da gasolina em quase sete meses, visto que a última vez que a companhia havia elevado o valor dos combustíveis foi no dia 25 de janeiro deste ano.

De lá para cara, a Petrobras promoveu outros quatro reajustes, mas todos foram apenas reduzindo o valor da gasolina, para alegria dos consumidores. Inclusive, vale destacar que, apesar do forte avanço, a gasolina continua mais barata do que em 2022. No final do ano passado, o litro do combustível vendido pela Petrobras estava custando R$ 3,08.

De todo modo, o reajuste da Petrobras fez o litro do combustível subir de R$ 2,52 para R$ 2,93, uma alta de 41 centavos. Esse valor é bem menor que o preço médio encontrado nas bombas do país (R$ 5,65) e reflete o quanto os motoristas precisam gastar para abastecer seus veículos com o combustível.

Consumidores pagam mais caro

O valor da gasolina vendida para as distribuidoras é bem menor que os preços encontrados nas bombas. Em síntese, isso acontece porque há outras variáveis que impactam os valores dos combustíveis, como impostos, taxas, margem de lucro e custo com a mão de obra.

Além disso, vale destacar que a gasolina vendida nas bombas têm uma mistura obrigatória com etanol. Assim, o combustível possui as seguintes porcentagens: 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro. A Petrobras esclarece que a parcela da companhia no preço repassado ao consumidor é de R$ 2,14, em média, após a elevação promovida na semana passada.

Consumidores pagam mais caro pela gasolina devido a outras variáveis. Imagem: Agência Brasil.

Gasolina está mais cara em 2023

Embora a Petrobras esteja vendendo a gasolina mais barata do que no final de 2022, o valor para os consumidores está mais alto nas bombas. Isso acontece devido aos impostos cobrados sobre os combustíveis.

A gasolina começou a ficar mais cara no Brasil em março, quando o Governo Federal voltou a cobrar parte das alíquotas dos impostos federais PIS/Pasep e Cofins que incidiam sobre gasolina, álcool, querosene de aviação e gás natural. O governo havia prorrogado a isenção desses impostos por dois meses, entre janeiro e fevereiro.

Em junho, os motoristas tiveram mais uma péssima notícia. O Ministério da Fazenda aprovou uma mudança em relação ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que incide sobre os combustíveis, elevando o preço da gasolina.

A saber, os estados definiam as alíquotas de ICMS que iriam incidir sobre o litro da gasolina. No entanto, a partir de junho, houve a “unificação” da alíquota em todo o país, e o ICMS passou a ser de R$ 1,22 sobre o litro do combustível. Isso foi muito ruim para os brasileiros, pois a maioria dos estados aplicava alíquotas menores que R$ 1,22.

Já em julho, os preços da gasolina subiram novamente devido à reoneração dos combustíveis. Em suma, o governo Lula (PT) retomou a cobrança integral de tributos federais PIS/Pasep e Cofins sobre a gasolina e o etanol no início deste mês, após prorrogar por mais quatro meses a desoneração parcial sobre esses combustíveis, até o final de junho.

A título de comparação, o preço médio nacional da gasolina era de R$ 4,96 na última semana de 2022. Portanto, o combustível está 13,9% mais caro neste ano, o que corresponde a 69 centavos, apesar de a Petrobras estar vendendo o combustível a preços um pouco menores que o do ano passado.

Veja a variação do preço da gasolina na semana

Na semana passada, o preço da gasolina subiu em todas as regiões brasileiras, com as altas oscilando entre dez e 13 centavos. Com isso, os valores médios variaram entre R$ 5,44, no Sudeste, e R$ 6,01, no Norte.

Além disso, a ANP revelou que o preço médio da gasolina subiu em 24 das 27 unidades federativas (UFs). As únicas exceções foram Bahia, onde o combustível ficou um centavo mais barato, e Alagoas e Distrito Federal, cujos valores se mantiveram estáveis em relação à semana anterior.

Entre os avanços, os mais expressivos foram registrados no Acre (28 centavos), em Goiás (25 centavos), Pernambuco (24 centavos) e Ceará (20 centavos), Espírito Santo (19 centavos), Pará (17 centavos) e Minas Gerais (16 centavos).

Confira abaixo os valores médios mais altos da gasolina na semana passada:

  • Acre: R$ 6,63;
  • Amazonas: R$ 6,37;
  • Ceará: R$ 6,14;
  • Rondônia: R$ 6,13;
  • Sergipe: R$ 6,13;
  • Bahia: R$ 6,04;
  • Roraima: R$ 6,01;
  • Tocantins: R$ 6,01.

Por outro lado, os menores valores foram encontrados nos seguintes estados:

  • Mato Grosso do Sul: R$ 5,36;
  • Minas Gerais: R$ 5,38;
  • Distrito Federal: R$ 5,40;
  • Amapá: R$ 5,43;
  • São Paulo: R$ 5,43;
  • Maranhão: R$ 5,48.
  • Rio de Janeiro: R$ 5,48.