Nesta semana, os motoristas do país não conseguiram aproveitar queda nos valores dos combustíveis. De acordo com o levantamento realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a gasolina se manteve estável, mas os preços do etanol e do diesel subiram nas bombas.
Isso quer dizer que os consumidores tiveram que pagar mais caro para abastecerem o tanque de combustível dos seus veículos, mesmo que os avanços tenham sido bem leves.
A propósito, a ANP coleta os preços dos combustíveis em milhares de postos do país desde 2004. A entidade divulga semanalmente as variações dos valores em todos os estados do país.
Preço da gasolina fica estável postos
Nesta semana, o preço médio nacional da gasolina ficou estável nos postos, após recuar levemente na semana passada. O valor do litro do combustível seguiu custando R$ 5,56 nas bombas, ou seja, os motoristas não tiveram que pagar mais caro pelo item.
Nos últimos meses de 2023, os consumidores conseguiram aproveitar preços mais acessíveis. Isso porque o valor da gasolina passou a cair com mais frequência a partir de agosto. Entretanto, o valor do combustível voltou a subir, mesmo que levemente.
A ANP revelou que o maior valor da gasolina encontrado nos postos do país nesta semana foi de R$ 7,97. Isso quer dizer que houve estabelecimentos que comercializaram o litro do combustível a um preço 43,3% maior que a média do país, dificultando ainda mais a vida dos motoristas destes locais.
Etanol volta a subir nas bombas do país
O etanol hidratado não seguiu a mesma direção da gasolina e ficou mais caro nas bombas do país, após duas quedas seguidas. Em síntese, o valor médio do biocombustível passou de R$ 3,40 para R$ 3,41 nas bombas de combustíveis, mas o motoristas não devem ter sentido a variação, já que foi muito leve.
Contudo, a ANP chegou a encontrar locais que comercializaram o etanol a R$ 6,60, preço que superou em 93,5% a média nacional.
Isso mostra que os valores do etanol tiveram uma variação bem mais expressiva que a gasolina na semana, ou seja, houve locais que comercializaram o biocombustível a valores bem mais elevados que outros, mas a média nacional se manteve praticamente estável.
Cabe salientar que o etanol costuma acompanhar as variações da gasolina, pois não há regulação dos preços do biocombustível no país. Na verdade, as variações do etanol são definidas pela razão entre oferta e procura, oscilando, principalmente, conforme às variações nos preços da gasolina. Isso acontece porque os combustíveis são concorrente nas bombas.
Diesel sobe, após duas quedas seguidas
Nesta semana, os motoristas que abasteceram seus veículos com óleo diesel também tiveram que pagar um pouco mais caro, já que os preços voltaram a subir nos postos, a nível nacional. Em suma, o valor do combustível passou de R$ 5,91 para R$ 5,92.
Essa alta interrompeu duas semanas de queda, para tristeza dos motoristas. Aliás, a ANP revelou que o maior preço encontrado nos postos do país nesta semana foi de R$ 8,89, superando em 50,2% o valor médio do país. Essa variação foi mais intensa que a da gasolina, mas bem menor que a do etanol.
Volta da cobrança de impostos encarece diesel
Desde o último dia 2 de janeiro que os impostos PIS/Cofins voltaram a incidir sobre o óleo diesel. A saber, a cobrança estava suspensa desde 2021, e isso contribuiu para conter os aumentos no preço do combustível nos últimos tempos. Entretanto, isso deixou de acontecer no início de 2024.
Especialistas acreditavam que o valor do imposto poderia elevar em 35 centavos o preço do litro do diesel, e parte desse valor foi repassada para os consumidores nas duas primeiras semanas do ano, mas parece que isso já acabou.
Inclusive, a expectativa era que o impacto não fosse muito forte, pois a Petrobras promoveu dois reajustes nos preços do diesel em dezembro de 2023.
No dia 8, a companhia reduziu em 6,7% o valor do diesel vendido para as distribuidoras, que caiu de R$ 4,05 para R$ 3,78. Já no dia 27, a empresa reduziu de R$ 3,78 para R$ 3,48 o valor do diesel.
Em outras palavras, o combustível fóssil acumulou uma redução de 57 centavos em três semanas, e os motoristas conseguiram aproveitar essas reduções no ano passado, e ainda estão funcionando como freios para o encarecimento do diesel em 2024.