Os consumidores do Brasil estão conseguindo comprar mais produtos nos supermercados em 2023. Essa é uma grande notícia e mostra que as dificuldades econômicas vêm sendo superadas pela população no primeiro ano do governo Lula.
De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o consumo nos lares brasileiros cresceu 2,33% entre janeiro e maio deste ano, na comparação com o mesmo período de 2022. Aliás, a expectativa é que o consumo cresça 2,50% em 2023, em relação ao ano anterior.
Um dos fatores que contribuiu para o crescimento do consumo foi a queda de 0,14% registrada no valor médio de 35 produtos de largo consumo em maio, na comparação com abril. Embora o recuo tenha sido bem tímido, beneficiou mais os brasileiros do que qualquer alta nos preços dos produtos.
Com isso, o preço médio nacional da cesta, composta por alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza, caiu de R$ 751,29, em abril, para R$ 750,22, em maio. Inclusive, o valor médio da cesta de largo consumo caiu em quatro das cinco regiões brasileiras no mês passado.
Veja os itens que ficaram mais baratos
Em resumo, vários itens utilizados com bastante frequência pelos brasileiros ficaram mais baratos em maio. Com isso, puxaram o valor da cesta de consumo para baixo, aliviando um pouco o bolso dos consumidores do país.
Confira abaixo os itens com os recuos mais expressivos em maio:
- Óleo de soja: -7,11%;
- Batata: -1,90%;
- Frango congelado: -1,80%
- Cebola: -1,30%;
- Carne bovina (corte traseiro): -1,03%;
- Carne bovina (corte dianteiro): -0,93%.
O maior recuo mensal veio do óleo de soja. Os preços do item caíram, principalmente, por causa da queda da cotação internacional da soja, uma vez que esta é a principal matéria-prima utilizada na produção do óleo de soja. Nos cinco primeiros meses de 2023, o item ficou 17,09% mais barato no país. Já no acumulado de 12 meses, a queda chegou a 28,35%.
O segundo maior recuo foi registrado pela cebola. Contudo, no acumulado entre janeiro e maio deste ano, o item lidera as quedas no país, ficando 41,95% mais barato, para alívio dos brasileiros. Em síntese, o aumento da oferta do item no país vem reduzindo os preços no varejo desde janeiro, ou seja, a queda foi a quinta consecutiva.
No caso da carne bovina, o principal fator para a queda dos preços foi a boa oferta de bovinos. Além disso, o aumento da disponibilidade de carne conseguiu derrubar os preços de alguns cortes no mercado atacadista. Nos cinco primeiros meses de 2023, as quedas acumuladas oscilaram entre 4,64% (corte dianteiro) e 5,84% (corte traseiro).
Vale destacar que, ao considerar apenas a cesta de alimentos básicos (com 12 produtos), excluindo itens de higiene e beleza, o preço também caiu 0,14% em maio, na comparação com abril. Assim, o valor médio da cesta chegou a R$ 322,00 no país.
Alimentos pesam no bolso do brasileiro
Em maio, outros itens que registraram fortes altas em seus preços e pesaram no bolso dos consumidores. Veja os destaques do mês:
- Tomate: +6,65%;
- Leite longa vida: +2,37%;
- Ovos: +1,83%;
- Desinfetante: +1,49%;
- Xampu: +1,28%.
A forte alta no preço do tomate aconteceu devido a redução da oferta do item por causa do fim da safra de verão. Aliás, é o segundo avanço consecutivo, e a segunda vez no período que o tomate lidera as altas no país. No acumulado do ano, o item está 6,12% mais caro. Já em 12 meses, o avanço chega a expressivos 37,28%.
Por sua vez, o leite longa vida teve novamente a segunda maior variação no mês, registrando a quarta alta consecutiva. O item ficou mais caro pois maio ainda figura como período de entressafra, assim como ocorreu em abril. Em outras palavras, houve redução do produto no campo, e isso elevou os valores do leite. No acumulado do ano, a alta chegou a 12,18%.
Preços caem em quase todas as regiões brasileiras
Já em maio, os preços da cesta de largo consumo caíram em quase todas as regiões do Brasil, puxando para baixo o preço médio nacional. As quedas oscilaram entre o Norte (-0,43%) e o Nordeste (-0,06%). A única exceção foi o Sul, onde o preço da cesta subiu 0,28%.
Com isso, os valores das cestas chegaram aos seguintes patamares nas regiões brasileiras:
- Sul: R$ 847,43;
- Norte: R$ 827,09;
- Sudeste: R$ 754,56;
- Centro-Oeste: R$ 701,75;
- Nordeste: R$ 682,47.
Por fim, a expectativa da Abras, responsável pelo levantamento, é que o consumo nos lares brasileiros continue crescendo em 2023. A entidade acredita que outros incrementos de renda, como os programas de transferência de renda, irão ajudar milhões de brasileiros a aumentarem o volume de itens comprados no país.