Os consumidores do Brasil estão conseguindo comprar mais produtos nos supermercados em 2023. Essa é uma grande notícia e mostra que as dificuldades econômicas observadas no início do ano estão sendo superadas pela população no primeiro ano do governo Lula.
De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o consumo nos lares brasileiros cresceu 2,62% entre janeiro e setembro deste ano, na comparação com o mesmo período de 2022. Aliás, a expectativa é que o consumo mantenha um avanço firme até o final do ano.
Um dos fatores que contribuiu para o crescimento do consumo foi a queda de 1,72% registrada no valor médio de 35 produtos de largo consumo em maio, na comparação com abril. Esse recuo beneficiou os brasileiros, que conseguiram comprar mais coisas nos supermercados.
Com o acréscimo desta variação, o preço médio nacional da cesta, composta por alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza, caiu de R$ 717,55, em agosto, para R$ 705,21, em setembro. Inclusive, o valor médio da cesta de largo consumo caiu em todas as regiões brasileiras no mês passado.
Veja os itens que ficaram mais baratos
Em resumo, vários itens utilizados com bastante frequência pelos brasileiros ficaram mais baratos em setembro. Com isso, puxaram o valor da cesta de consumo para baixo, aliviando um pouco o bolso dos consumidores do país.
Confira abaixo os itens com os recuos mais expressivos em setembro:
- Batata: -10,41%;
- Cebola: -8,08%;
- Feijão: -7,55%;
- Ovos: -4,96%;
- Leite longa vida: -4,06%;
- Carne dianteira: -3,45%;
- Farinha de trigo: -3,25%.
O maior recuo mensal veio da batata. Os preços do item caíram, principalmente, por causa da maior oferta da safra de inverno que abasteceu o mercado. Com a oferta elevada, os preços da batata acabaram recuando no varejo, beneficiando a população, que conseguiu aproveitar preços mais acessíveis do item no mês passado.
O segundo maior recuo foi registrado pela cebola. Inclusive, no acumulado entre janeiro e setembro deste ano, o item lidera as quedas no país, período em que ficou 48,26% mais barato, para alívio dos brasileiros. Em síntese, o aumento da oferta do item no país vem reduzindo os preços no varejo desde janeiro, ou seja, a queda foi a quinta consecutiva.
No caso do feijão, que teve a terceira maior queda mensal, o principal fator para a queda dos preços foi o aumento do volume de grãos comercializados. Além disso, o bom rendimento das lavouras e a expectativa de boa colheita nas próximas safras ajudaram a baratear o item.
Vale destacar que, ao considerar apenas a cesta de alimentos básicos (com 12 produtos), excluindo itens de higiene e beleza, o preço também caiu 1,93% em setembro, na comparação com agosto. Assim, o valor médio da cesta passou de R$ 305,00 para R$ 299,10 no país.
Alimentos pesam no bolso do brasileiro
Em setembro, alguns itens ficaram mais caros e pesaram no bolso dos consumidores. Veja os destaques do mês:
- Arroz: 3,20%;
- Tomate: 2,89%;
- Açúcar: 0,89%;
- Refrigerante PET: 0,78%;
- Xampu: 0,41%.
Em suma, o levantamento revelou que o preço do arroz subiu 10,28% no acumulado entre janeiro e setembro deste ano, maior variação entre os alimentos que registraram alta no mês passado. Já em 12 meses, o avanço chegou a 16,21%, segundo maior avanço no período.
A saber, o tomate acumula a maior alta nos últimos 12 meses, com o preço tendo ficado 52,25% mais caro no país. Por outro lado, os valores do item caíram 1,69% no acumulado entre janeiro e setembro deste ano. Cabe salientar que os preços do tomate estão muito elevados no país, em grande parte, por causa da redução da oferta.
Preços caem em todas as regiões brasileiras
Em setembro, os preços da cesta de largo consumo caíram em todas as regiões do Brasil, puxando o preço médio nacional para baixo. As quedas foram as seguintes: Sul (-2,19%), Nordeste (-1,69%), Sudeste (-1,51%), Centro-Oeste (-1,16%) e Norte (0,71%).
A Abras revelou que o item que mais caiu no Centro-Oeste e no Sul foi a batata, cujos preços caíram 9,90% e 10,88%, respectivamente. Já no Norte e no Nordeste, o item com a maior queda foi o feijão, que ficou 12,18% e 9,11% mais barato, respectivamente. No Sudeste, os ovos registraram queda de 7,46%, destacando-se no mês.
Com o acréscimo da variação de setembro, os valores das cestas chegaram aos seguintes patamares nas regiões brasileiras:
- Sul: R$ 804,24;
- Norte: R$ 787,60;
- Sudeste: R$ 708,73;
- Centro-Oeste: R$ 657,16;
- Nordeste: R$ 643,59.
Por fim, a expectativa da Abras, responsável pelo levantamento, é que o consumo nos lares brasileiros continue crescendo em 2023. Em síntese, a entidade acredita que outros incrementos de renda, como os programas de transferência de renda, irão ajudar milhões de brasileiros a aumentarem o volume de itens comprados no país.