O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) admitiu que o novo valor de pagamento do auxílio emergencial 2021 não é o ideal. Até então, o programa irá pagar quatro parcelas e o valor varia de acordo com a família do beneficiário, com parcelas de R$ 150, R$ 250 ou R$ 375.
Bolsonaro afirmou que o novo valor do auxílio emergencial não é o ideal, mas que é o máximo que o governo pode oferecer agora para não extrapolar no endividamento. As regras da nova rodada foram divulgadas semana passada. E os valores são bem menores do que os do ano passado, quando o programa começou pagando R$ 600 por parcela – e R$ 1,2 mil para mães chefes de família – e R$ 300 na prorrogação – com R$ 600 para mães chefes de família.
“Pouco, mas é o que a nação pode dar. São R$ 44 bilhões de endividamento”, disse o presidente em conversa com apoiadores. O trecho da fala de Bolsonaro foi divulgado pelo Tenente Mosart Aragão, seu assessor especial, no Twitter.
O Congresso autorizou o gasto de R$ 44 bilhões com a nova rodada do programa, após aprovação da PEC Emergencial. Mas o governo afirmou que gastará R$ 43 bilhões, incluindo os custos operacionais. Um total de 45,6 milhões de brasileiros serão beneficiados, ou seja, 22,6 milhões a menos do que o auxílio de 2020, que foi pago para 68,2 milhões de pessoas.
Vale lembrar que apenas quem recebeu auxílio emergencial em 2020 terá direito a recebê-lo em 2021, se passar nos novos critérios. Isso significa que o governo não abrirá o programa para novos cadastros, mas apenas analisará os cadastros já feitos ano passado. Quem não faz parte dos cadastrados de 2020 não receberá o novo benefício. Mas nem todos que receberam em 2020 terão direito à nova rodada do programa.