Polícia Federal: aposentadorias vão agravar déficit de 5 mil administrativos
A Federação Nacional dos Policiais Federais (FENAPEF) conclui o estudo sobre a atual carência na área de apoio da Polícia Federal com objetivo de apresentar à corporação que o pedido de concurso para a área de apoio da PF é fundamental. Segundo o presidente da entidade, Luís Antônio Boudens, o déficit de pessoal, que gira em torno de 5 mil servidores, deve aumentar em virtude das aposentadorias. As informações foram passadas ao site Folha Dirigida.
“Temos ampla necessidade de reposição de servidores administrativos nas unidades onde são executadas atividades de controle e fiscalização, como portos, aeroportos e fronteiras. Além disso, também nas delegacias, onde há múltiplas demandas nos setores de controle de produtos químicos e de segurança privada, passaporte e imigração, bem como do trabalho essencial desses profissionais nos setores de logística, contratos, telecomunicações e de recursos humanos,” disse Boundes.
Atualmente, segundo Boundes, dos 3 mil servidores administrativos da PF que atuam na PF, 679 deles estão aptos a se aposentar. “Em um cenário de reforma da Previdência, é muito provável que as aposentadorias ocorram em massa e o quadro, que já é reduzido, seja esvaziado de forma a comprometer a boa prestação de serviços pela PF”, disse.
Ao jornal Folha Dirigida, Boundes ainda destacou que a área de apoio não é menos importante do que a atividade-fim do órgão, ou seja, de atividades policiais federais. “Esse suporte exige conhecimento técnico, disponibilidade igual ao dos policiais em muitas situações, principalmente na área de Saúde e de suporte técnico-logístico (materiais, passagens, diárias, etc.). Sem eles, a Polícia Federal poderia parar ou reduzir drasticamente o fluxo de operações regulares do órgão”, finalizou.
Eduardo Bolsonaro pediu contratações de agente administrativo
Em sua conta no twitter, o deputado federal, Eduardo Bolsonaro, pediu mais contratações de agentes administrativos para o quadro de servidores da Polícia Federal. De acordo com o parlamentar, que também é policial federal, é urgente a necessidade de ampliação no efetivo da corporação, uma vez que os policiais acabam não exercendo seu trabalho para cobrir outras funções.
“Agentes administrativos, excedentes de concursos ou futuros concursos são bem vindos. Feliz em ver que as notícias dos 100 dias de governo Bolsonaro vão nesta direção. A PF é essencial no combate a corrupção!”, disse Eduardo.
“Há um problema notório na PF: falta efetivo. Por sua vez o atual governo herdou do PT a pior crise econômica do Brasil. Assim, vários são os policiais que não exercem trabalho de polícia, pois têm que cobrir outras funções. Solução: contratar agentes administrativos“, disse Eduardo.
Prepare-se: Apostila Concurso Polícia Federal 2019 – Agente Administrativo
Sobre o cargo de Agente Administrativo
O cargo de Agente Administrativo realiza atividades de nível médio, de grande complexidade, envolvendo a apresentação de solução para situações novas, a necessidade de constantes contatos com autoridades de média hierarquia, com técnicos de nível superior e/ou contatos eventuais com autoridades de alta hierarquia e abrangendo planejamento em grau auxiliar e pesquisas preliminares realizadas sob supervisão indireta, predominantemente técnica, visando à implementação das leis, regulamentos e normas referentes à administração geral e específica; supervisão dos trabalhos que envolvam a aplicação das técnicas de pessoal, orçamento, organização, métodos e materiais executados por equipes auxiliares, chefia de secretarias de unidades da mais alta linha divisional da organização.
PF independente para abrir concursos
O presidente Jair Bolsonaro divulgou, através de publicação no Diário Oficial da União do dia 29 de março, o decreto (9.739) que estabelece normas sobre concursos públicos. Entre elas, consta que a Polícia Federal, a partir de agora, não precisará mais solicitar a abertura de concursos ao Ministério da Economia. De acordo com o documento, o diretor-geral da PF que será o responsável por definir os atos de pessoal e de ingresso na corporação.
“III – à carreira de Policial Federal, cujos atos serão realizados pelo Diretor-Geral da Polícia Federal”, diz o trecho do decreto. Além da PF, os cargos de Advogado da União, de Procurador da Fazenda Nacional e de Procurador Federal, cujos atos serão realizados pelo Advogado-Geral da União, e os cargos Diplomata, cujos atos serão realizados pelo Ministro de Estado das Relações Exteriores, não precisarão de solicitação no Ministério da Economia.
Agora, o Diretor-Geral da Polícia Federal terá autonomia para autorizar a realização de novos concursos e decidir sobre o provimento de cargos. O decreto, que só entra em vigor no dia 1º de junho, vale apenas para a área policial. O setor administrativo ainda dependerá de autorização do Ministério da Economia.
De acordo com o texto, os concursos para Polícia Federal deverão ocorrer quando o número de vagas exceder a 5% dos respectivos cargos; ou com menor percentual de cargos vagos, de acordo com a necessidade e a critério do Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública.
Último Concurso Polícia Federal Nível Médio
O último concurso da Polícia Federal para Agente Administrativo foi realizado em 2013. Na ocasião, as vagas foram destinadas aos Estados do Acre (22 vagas), Alagoas (14 vagas), Amazonas (29 vagas), Amapá (25 vagas), Bahia (48 vagas), Ceará (32 vagas), Distrito Federal (548 vagas), Espírito Santo (32 vagas), Goiás (25 vagas), Maranhão (38 vagas), Minas Gerais (48 vagas), Mato Grosso do Sul (47 vagas), Mato Grosso (38 vagas), Pará (45 vagas), Paraíba (09 vagas), Pernambuco (35 vagas), Piauí (14 vagas), Paraná (48 vagas), Rio de Janeiro (58 vagas), Rio Grande do Norte (29 vagas), Rondônia (32 vagas), Roraima (25 vagas), Rio Grande do Sul (50 vagas), Santa Catarina (29 vagas), Sergipe (18 vagas), São Paulo (70 vagas) e Tocantins (22 vagas).
As provas objetivas aplicadas foram de de caráter eliminatório e classificatório, valendo 120,00 pontos, abrangendo as disciplinas citadas. O certame foi coordenado pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe).