De acordo com o Banco Central do Brasil, a população brasileira de baixa renda já é maioria entre os usuários do sistema de pagamentos instantâneo, PIX. Os dados foram disponibilizados pelo BC à CNN e apontam que essa parcela da população é responsável por 41,7% dos usuários.
As informações divulgadas pela CNN ainda mostram que 46,7% milhões de usuários entre os 112 milhões que utilizam o serviço possuem uma renda mensal de até R$ 1,5 mil. Esses indivíduos são responsáveis por 33,5% dos recebimentos e 36,9% dos pagamentos feitos por meio do PIX.
Os dados apontam que a classe média, com renda mensal de R$ 1,5 mil a R$ 5,2 mil, representa 33,4% dos usuários. A população com uma faixa de renda mais alta, de R$ 5,2 mil a R$ 21 mil, é responsável por 7,5% dos usuários do sistema de pagamentos instantâneo. Já os cidadãos com renda muito alta, acima de R$ 21 mil, representam 0,8% dos usuários.
Segundo a CNN, os dados disponibilizados pelo Banco Central foram estimados com base na informação de renda individual do Sistema de Informações de Crédito (SCR) do Banco Central, Esse serviço possui informações da população brasileira que contrata empréstimos. Já as faixas de corte entre grupos foram estabelecidas pelo consórcio acadêmico World Inequality Lab e pelo Centro de Políticas Sociais da FGV.
É possível haver cobrança de tarifas por meio do PIX?
A gratuidade do sistema criado e gerido pelo Banco Central do Brasil é um dos principais motivos para a grande adesão do PIX no país, principalmente pela população de baixa renda. Apesar disso, é importante saber que existem duas situações onde pessoas físicas podem ser tarifadas. Entenda quais são:
- Os usuários podem ser tarifados ao realizar o pagamento para empresas por meio do PIX, presencialmente ou por telefone. Contudo, isso só deve ocorrer quando existir a opção de efetuar o pagamento por meios eletrônicos, como o site da empresa, por exemplo.
- O Banco Central também informa que podem ser tarifados vendedores que são pessoas físicas. Segundo o BC, configura-se atividade comercial o recebimento de mais de trinta pagamentos com PIX por mês. Essas operações podem ser tanto por meio de QR Code estático ou alguma das chaves PIX. Apesar disso, a tarifa só é aplicada a partir da 31ª transação.
Cuidados ao utilizar o sistema de pagamentos instantâneo
Segundo o Banco Central, todas as operações feitas por meio do PIX são rastreáveis. Desse modo, a mando de autoridades competentes é possível identificar os titulares de contas de origem e destino em quaisquer transações feitas por meio do sistema de pagamentos instantâneo.
Apesar disso, o BC alerta sobre a necessidade de estar atento a possíveis golpes que podem acontecer por meio do PIX. Para isso, é indicado que os usuários nunca transfiram dinheiro a pedido de amigos ou familiares quando houver mensagens suspeitas em aplicativos de mensagens, como WhatsApp ou Telegram. Antes de fazer transações a pedido de conhecidos, é importante sempre telefonar para a pessoa e confirmar se não se trata de um golpe.