De acordo com uma pesquisa realizada pelo Sebrae em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os microempreendedores individuais são os que mais recebem pagamentos via PIX. Os dados indicam que a cada 10 microempreendedores, 5 têm o PIX como principal forma de recebimento em seu negócio.
A pesquisa realizada nos meses de agosto e setembro de 2022 com mais de 6 mil empresários constatou que o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central do Brasil é a principal ferramenta de recebimento para 42% dos entrevistados. Desta forma, o PIX está à frente dos pagamentos em dinheiro, no crédito e também no débito.
“Já havíamos percebido esse movimento de crescimento do PIX em pesquisas anteriores e, agora, constatamos que o meio digital vem ocupando, cada vez mais, lugar de destaque entre as formas de pagamento usadas pelos empreendedores”, disse o presidente do Sebrae, Carlos Melles.
Vale informar que o desempenho dos meios de pagamento acabam variando de acordo com o porte da empresa. Confira os dados divulgados pelo Sebrae e pelo IBGE:
Microempreendedor Individual (MEI)
- PIX: 51%
- Dinheiro: 15%
- Cartão de crédito: 20%
- Cartão de débito: 5%
- Outro: 9%
Microempresa
- PIX: 28%
- Dinheiro: 10%
- Cartão de crédito: 30%
- Cartão de débito: 9%
- Outro: 23%
Pequena Empresa
- PIX: 42%
- Dinheiro: 13%
- Cartão de crédito: 23%
- Cartão de débito: 7%
- Outro: 15%
Mais informações sobre o sistema de pagamentos instantâneos
O PIX, criado pelo Banco Central do Brasil em 2020 acabou caindo no gosto dos brasileiros e vem sendo cada vez mais utilizado no país. Em relação aos antigos métodos de pagamento, o sistema possui algumas outras vantagens além da gratuidade.
Um exemplo disso, é que diferente do TED ou DOC, o pagador não precisa saber todos os dados do recebedor, como o banco ou número da conta bancária. Isso significa que para fazer pagamentos, basta preencher a chave da pessoa que deseja transferir o dinheiro ou utilizar o QR Code.
Apesar de ser gerido pelo Banco Central, para utilizar o PIX os usuários devem criar uma chave no aplicativo da sua própria instituição financeira de relacionamento, já que não existe uma única plataforma para isso. No entanto, é importante lembrar que para participar do PIX, os bancos ou financeiras precisam ser autorizadas pelo BC.
PIX Saque e PIX Troco não tiveram a adesão esperada
O comércio é um dos grandes responsáveis pelas movimentações via PIX no Brasil. Pensando nisso, o BC lançou em 2021 o PIX Saque e PIX Troco. Essas ferramentas do sistema foram criadas com o objetivo de facilitar o dia a dia dos cidadãos aumentando os pontos de retirada de dinheiro em espécie.
Apesar do PIX ser um dos principais meios de pagamento no país, as modalidades Saque e Troco acabaram não tendo a adesão esperada pelo BC. Segundo informações disponibilizadas pela autarquia, entre dezembro de 2021 e setembro de 2022 foram realizadas apenas 1.848.485 transações nas modalidades, um valor relativamente baixo em comparação ao número de transferências no PIX.
No entanto, mesmo com uma adesão inferior à esperada, os dados indicam que as transações por meio do PIX Saque e Troco vêm crescendo aos poucos. Em setembro de 2022 a modalidade Saque acabou se destacando ao movimentar cerca de R$ 51 milhões.