No mês de novembro, o sistema de pagamentos instantâneo PIX, criado e gerido pelo Banco Central do Brasil completa um ano de funcionamento no país. De acordo com dados disponibilizados pelo BC, o número de usuários cresceu 639%, indo de 13,7 milhões de usuários em novembro de 2020 para 101,3 milhões em setembro de 2021.
O PIX tem sido muito utilizado pelos brasileiros pela facilidade do meio de pagamentos. Em novembro de 2020 foram cadastradas 95,3 milhões de chaves PIX. Em setembro de 2021 o número de chaves cadastradas chegou a 1,04 bilhão. Os valores transferidos chegaram a R$ 559 milhões.
“O conjunto da obra foi extremamente positivo. Vem crescendo quase 10% ao mês, caiu no gosto popular. Houve uma adesão por parte do consumidor, o que é extremamente positivo, o que demonstra que acertamos no processo e na implementação”, afirmou Leandro Vilain, diretor executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).
O sistema de pagamentos garante mais economia aos usuários
“Um DOC/TED custa de R$ 10 a R$ 20. Então, a economia para os consumidores é algo muito bom”, declarou. “No início, houve certa desconfiança, talvez pela forma como funcionava, mas rapidamente foi absorvido pela população. Melhorou a capacidade de transferência, sem custos. As taxas eram muito altas. As pessoas faziam saques para não pagar taxas. E também houve o acesso de forma rápida à operação, barateando o acesso aos serviços bancários”, disse Ione Amorim, economista e coordenadora do programa de serviços financeiros do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).
Apesar de ser totalmente gratuito para transferências entre pessoas físicas, existem algumas situações onde Pessoas Físicas podem ser tarifadas ao utilizar o PIX. Segundo o BC, os usuários podem ser cobrados ao realizar pagamentos para empresas por meio do PIX, presencialmente ou por telefone. Contudo, isso só deve ocorrer quando existir a opção de efetuar o pagamento por outros meios eletrônicos.
Além disso, também podem ser tarifados vendedores que são pessoas físicas. O Banco Central informa que configura-se como atividade comercial o recebimento de mais de trinta pagamentos com PIX mensalmente. Essas operações podem ser tanto por meio de QR Code estático ou alguma das chaves PIX. Apesar disso, a tarifa só é aplicada a partir da 31ª transação.
Novas medidas de segurança do PIX
A facilidade do sistema de pagamentos instantâneo, infelizmente acabou sendo uma vantagem também para criminosos. Desse modo, o número de fraudes, golpes e até mesmo sequestros relâmpagos envolvendo o PIX aumentou muito nos últimos meses.
“Acho que ninguém imaginava que o Pix, que é algo maravilhoso, fosse causar esse tipo de infortúnio. O Banco Central está monitorando e implantando medidas para minimizar isso. Não podemos jogar o projeto fora. Algumas correções serão necessárias”, disse Leandro Vilain, diretor de Política de Negócios e Operações da FEBRABAN.
Por conta disso, o Banco Central precisou instaurar novas medidas de segurança para o PIX. A principal medida tomada pelo BC é o limite de R$ 1 mil para transações noturnas feitas no sistema de pagamentos.