O uso do PIX continua crescendo de maneira significativa no Brasil. Nesta sexta-feira (8), o Banco Central (BC) informou que o sistema de pagamento instantâneo bateu um novo recorde na última quarta-feira (6), véspera do feriado de Independência do Brasil.
De acordo com o BC, houve 152,7 milhões de transferências via PIX no último dia 6 de setembro. Esse é o maior montante de transações realizadas em um único dia pelo sistema de pagamentos. No total, o volume financeiro transferido chegou a R$ 76,103 bilhões.
A propósito, o recorde anterior foi registrado no dia 4 de agosto, quando foram realizadas 142,4 milhões de transações por PIX no Brasil. Isso mostra que houve 10,3 milhões de transações a mais, número que pode ter sido impulsionado pelo feriadão nos dias seguintes.
“Os números reforçam a forte adesão de pessoas e empresas ao PIX, meio de pagamento lançado pelo BC em novembro de 2020”, ressalta o Banco Central.
O BC revelou que os números do sistema de pagamento instantâneo estão crescendo de maneira expressiva no Brasil graças à adesão da população. O PIX caiu na graça dos brasileiros, que o utilizam cada vez mais devido à praticidade do sistema.
“Ressalta-se as transações de pessoas físicas para pessoas jurídicas como o principal vetor do crescimento recente. A adesão e o crescimento inicial do Pix se basearam nas transferências entre pessoas físicas”, informou o BC.
A cada dia que se passa, mais pessoas cadastram chaves PIX, aumentando a quantidade de usuários no sistema. Em resumo, o número de chaves PIX cadastras bateu recorde em agosto, totalizando 650,7 milhões. A quantidade de usuários chegou a 153,3 milhões no mês passado.
Cabe salientar que o Pix Saque e o Pix Troco também bateram recorde em agosto. Segundo os dados do BC, houve o registro de 919 mil transações nestas modalidades, que totalizaram R$ 177,1 milhões.
Em síntese, a implementação destes novos formatos ocorreu no final de novembro de 2021. Desde então, todos os usuários podem sacar dinheiro ou receber os valores em espécie em qualquer ponto de venda, como uma loja de bairro, uma padaria ou um supermercado, desde que utilizem essas modalidades.
Nesta semana, o BC revelou que o PIX poderá ter mais funcionalidades no país do que o imaginado pela população, e isso pode acontecer mais cedo que o esperado. Com isso, o PIX deverá ter números ainda mais expressivos nos próximos meses.
“A maturação do Pix, a conveniência no seu uso e o desenvolvimento de soluções de integração pelo mercado estão permitindo uma maior diversificação nos casos de uso, aumentando sua importância no bom funcionamento da economia nacional“, informou o BC.
A saber, as informações relacionadas às novas funcionalidades estão no relatório de gestão do Pix, divulgado hoje pelo BC. Em resumo, o documento traz uma análise sobre a ferramenta de pagamentos entre 2020 e 2022, primeiros anos de funcionamento do Pix no Brasil.
Além disso, o relatório também informa algumas previsões em relação a novas funcionalidades que o BC poderá incorporar no futuro. Por falar nisso, há diversas finalidades pensadas pela autarquia para o Pix, que deverá aumentar sua presença nos mais diversos ambientes e sistemas financeiros.
“O uso de novas tecnologias que tornam a experiência de pagamento ainda mais rápida pode ser benéfico principalmente em alguns casos de uso específicos, como pagamentos de pedágios em rodovias, estacionamentos e transporte público”, informou o BC.
De acordo com cálculos do BC, houve mais de 3,5 milhões de transações via Pix até o dia 31 de julho. Em suma, estas operações somaram aproximadamente R$ 1,4 trilhão, refletindo a utilização disseminada entre os brasileiros.
No final de agosto, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que o Pix vai assumir o lugar dos cartões de crédito no país em algum momento. Aliás, o BC vem planejando utilizar o sistema de pagamento instantâneo dessa maneira, ocupando o lugar dos cartões de crédito.
Inclusive, a imprensa está chamando a nova funcionalidade de “Pix crédito”, apesar de não haver qualquer previsão em relação a seu lançamento. Em síntese, a nova função teria o poder de dispensar as bandeiras dos cartões de crédito, promovendo uma redução dos custos e das taxas de juros, pois haveria uma intermediário a menos no processo de utilização dos cartões.
“Você vai juntar o Pix e outros produtos, lembrando que você vai poder começar a poder fazer crédito no Pix, então, em algum momento, no futuro, você não precisará ter cartão de crédito, poderá fazer tudo no Pix“, disse Campos Neto em meados de agosto, durante um evento em Curitiba.