Na última quarta-feira (10), o PicPay passou a negociar criptoativos em suas carteiras digitais. A iniciativa é o primeiro passo para que a empresa comece a levar pagamentos por criptomoedas em uma rede de 1,5 milhão de estabelecimentos comerciais.
A empresa está se utilizando de uma tecnologia da Paxos, uma das maiores provedoras de infraestrutura de transações e custódia de criptoativos. Com isso, PicPay passará inicialmente a negociar bitcoin, ether e USDP, além de uma stablecoin lastreada em dólar.
Bruno Gregory, head de cripto e web3 do PicPay, informa que a unidade de negócios prevê o lançamento de diversos produtos, como NFTs ligadas a games e até a criação de uma stablecoin própria da empresa, lastreada em reais.
Gregory informa que a empresa pretende “selecionar bem as criptomoedas e tokens que farão parte da nossa plataforma para que o nosso público tenha acesso apenas a produtos que tenham uma utilidade prática e que façam sentido para negociação. Por isso colocamos bitcoin e ether, que são as duas maiores moedas, presentes em várias aplicações, e a stablecoin de dólar, que tem a aplicação prática de proteção cambial”.
A carteira digital da empresa faz parte do grupo J&F, que atualmente tem cerca de 30 milhões de usuários ativos e 50 milhões de inscritos. É com a stablecoin em reais que o PicPay pretende promover os pagamentos por meio de criptomoedas em sua rede de estabelecimentos comerciais.
“Escolhemos a Paxos exatamente porque ela têm capacidade para processar um volume enorme de transações que poderão vir a partir dos usuários da nossa carteira”, disse Gregory. A empresa tem registro no Departamento de Serviços Financeiros de Nova York, além de ser parceira do PayPal, que atua em um segmento semelhante.
De acordo com o executivo, o PicPay pretende investir na educação financeira para tentar “desmistificar as criptomoedas”. Deste modo, eles pretendem trazê-las para o dia a dia do usuário por meio de uma “experiência simples, informativa e segura”.
“Nosso objetivo é liderar a popularização do mercado de cripto, eliminando a complexidade que ainda é associada a ele e ampliando a informação sobre o tema, para que todo mundo possa se apropriar dessa tecnologia”, disse. A corretora será disponibilizada gradualmente para os usuários e as negociações podem ser feitas a partir de R$ 1 dentro do aplicativo.
Além do uso de criptomoedas em sua carteira digital, recentemente, o PicPay anunciou também uma alteração no rendimento da sua conta. Para alguns usuários, o modelo de rendimentos passou a ter aplicação em CDB. Esta aplicação consiste em um título de renda fixa, emitido pela instituição financeira.
No PicPay, essas aplicações possuem rendimento de 102% do CDI. Segundo a empresa, em breve, para continuar tendo um rendimento no saldo, o cliente terá de estar com a opção “CDB” ativada em seu aplicativo. Atualmente, o tipo de aplicação em CDB está sendo liberado gradualmente para a base de usuários da fintech.