Os brasileiros que utilizam gás de cozinha receberam uma excelente notícia nesta terça-feira (16). A saber, a Petrobras reduziu em 21,3% o preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP).
Como informado pelo Notícias Concursos, a Petrobras anunciou o fim da Política de Paridade de Importação (PPI), que guiava a companhia nos reajustes dos preços dos combustíveis. Dessa forma, os valores do GLP recuaram significativamente.
Vale destacar que a redução correspondeu a R$ 8,97 por botijão de 13 quilos. A saber, a forte redução pode derrubar o preço do botijão de gás para menos de R$ 100 para o consumidor final, segundo a Petrobras.
Essa notícia já deixou milhares de pessoas eufóricas no país e as redes sociais receberam vários comentários parabenizando a Petrobras pela redução. Em resumo, o presidente da companhia, Jean Paul Prates, classificou a medida como uma nova estratégia comercial de preços da Petrobras para o mercado interno. A propósito, a petrolífera não reduziu apenas o valor do botijão de 13 quilos, mas também da gasolina e do óleo diesel.
Petrobras muda política de preços
Nesta terça-feira (16), a Petrobras anunciou o fim da política de Preço por Paridade de Importação (PPI). Segundo a estatal, o “custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação” e o “valor marginal para a Petrobras” serão levados em conta para os reajustes nos preços dos combustíveis.
A companhia ainda informou que “os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio“.
Analistas alertam para a falta de previsibilidade que a nova política da companhia carrega. Em suma, a PPI permitia alguma previsibilidade de preços, mas o valor dos combustíveis ficava muito dependente às variações nos preços das commodities e do câmbio. Agora, isso não irá mais acontecer, para alívio dos motoristas.
Por falar na PPI, a Petrobras seguia o mercado externo para promover reajustes nos combustíveis, baseando-se em dois fatores: o dólar e o petróleo. Assim, as variações nos preços do barril de petróleo, bem como as oscilações do dólar influenciavam diretamente nos preços dos combustíveis no país.
Essa política PPI foi implementada em 2016, durante o governo do ex-presidente Michel Temer e estabelecia que as variações nos preços do petróleo deveriam ser repassadas para os combustíveis comercializados pela Petrobras.
O problema é que a volatilidade nos valores do barril de petróleo deixava os consumidores expostos a mudanças mais significativas e recorrentes nos preços dos combustíveis, bem como as oscilações na cotação do dólar. Portanto, para proteger o consumidor dessa volatilidade, houve a mudança.
Consumidores pagam mais caro pelo gás de cozinha
Embora a Petrobras acredite que o preço do gás de cozinha possa cair para abaixo de R$ 100, não há certeza sobre isso. Em síntese, o Governo Federal não controla diretamente o valor praticado na revenda do botijão de 13 quilos, ou seja, os revendedores podem praticar preços superiores a R$ 100.
De acordo com o levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço do gás de cozinha segue elevado no país. Nas duas últimas semanas, os consumidores tiveram que pagar mais caro pelo botijão de 13 quilos, cujo preço médio chegou a R$ 108,84.
Para quem não sabe, esse levantamento da ANP não revela apenas o preço médio nacional, mas também em casa unidade federativa (UF). Assim, percebe-se que os valores do gás de cozinha oscilam de maneira significativa no país.
Por exemplo, o Rio de Janeiro revendeu o botijão de 13 quilos a R$ 97,06 na semana passada. Em resumo, esse foi o menor valor do país, ficando 10,8% menor que a média nacional. Em contrapartida, Roraima teve o gás de cozinha mais caro do país, custando, em média, R$ 131,03. Nesse caso, o valor do botijão superou em 20,4% o preço médio nacional.
Esses dados mostram que os consumidores precisam ficar atentos na hora de comprar o gás de cozinha. Os valores do botijão são muito diferentes entre os estados brasileiros e podem corroer de maneira mais intensa ou mais leve a renda das famílias.
De todo modo, a expectativa é que haja uma forte redução no preço de revenda do gás de cozinha. Mesmo nos locais que vendem o botijão a preços muito elevados, os consumidores deverão aproveitar valores um pouco mais acessíveis.
Contudo, preços abaixo de R$ 100 só devem ser vistos em parte dos estados, como Rio de Janeiro e Pernambuco, que já revendem o botijão a valores baixos, em comparação à média do país.