Novos reajustes nos preços de gasolina e óleo diesel foram divulgados nesta quinta-feira (10) pela Petrobras. Os valores de mercado destes combustíveis estavam a quase 2 meses congelados nas refinarias.
A estatal brasileira informou, por meio de nota, que “Após 57 dias sem reajustes, a partir de 11/03/2022, a Petrobras fará ajustes nos seus preços de venda de gasolina e diesel para as distribuidoras”.
Os novos preços de venda da gasolina para distribuidoras serão de R$3,86 por litro, ocorreu um aumento de 18,8% no preço médio deste tipo de venda. O novo valor começa a valer a partir desta sexta-feira (11).
Já quando olhamos para o preço médio do óleo diesel que deverá ser encontrado nos postos a partir desta sexta-feira, observamos uma alta de 24,9%. O valor a ser pago pelo litro deste combustível passará de R$3,61 para R$4,51.
O Gás Liquefeito de Petróleo, conhecido como GLP, também sofrerá reajuste em seu preço médio. O GLP que será vendido da Petrobras para as distribuidoras passará de R$3,86 para R$4,48 por kg. O valor equivalente a 13 kg de GLP será de R$58,21.
O último reajuste realizado neste tipo de produto foi realizado a 152 dias e, atualmente, custa cerca de R$102 em média no Brasil, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O que diz a Petrobras sobre a alta no valor dos combustíveis
“Após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras”, justificou a estatal.
A Petrobras também acrescentou que não será realizado de imediato nenhum outro acréscimo. Isto porque o preço do petróleo vem sendo muito volátil por decorrência da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
De acordo com a estatal, “esses valores refletem parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente à demanda mundial por energia. Mantemos nosso monitoramento contínuo do mercado nesse momento desafiador e de alta volatilidade”.
A reação diante da alta no preço da gasolina
O mercado segue atualizado sobre novas medidas que o governo pode tomar visando conter a alta no preço dos combustíveis para o consumidor final. O Senado adiou, pela terceira vez, a votação dos projetos que visavam conter a alta no preço dos combustíveis. A nova data para a votação ainda deve ser definida.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) se manifestou sobre o reajuste desta quinta-feira, os membros da federação classificaram a alta como “inadmissível” e “mais uma demonstração da falta de respeito do governo Bolsonaro e da gestão da Petrobras”.
Em nota, a Federação afirmou que, “Desde a adoção do Preço de Paridade de Importação (PPI), em outubro de 2016, a gasolina e o óleo diesel, na refinaria, tiveram reajuste de 157%, ante uma inflação de 31,5% no período. No gás de cozinha, a alta acumulada foi ainda maior, de 349,3%”.