A isenção de impostos para importações de até US$ 50 tem sido uma vantagem para empresas internacionais que aderiram ao programa Remessa Conforme da Receita Federal. No entanto, o governo federal está considerando acabar com essa isenção devido à pressão dos lojistas do varejo brasileiro.
Neste artigo, discutiremos as possíveis mudanças na política de importação, os impactos no varejo nacional e as opiniões divergentes sobre o assunto.
O Programa Remessa Conforme e a Isenção de Impostos
Atualmente, as empresas que participam do programa Remessa Conforme têm isenção de impostos em produtos de até R$ 271, equivalentes a aproximadamente US$ 50. Essa medida tem sido uma forma de incentivar o comércio eletrônico internacional e facilitar o acesso dos consumidores brasileiros a produtos estrangeiros.
No entanto, o governo federal está estudando a criação de uma taxa sobre esses produtos para equilibrar a competitividade com o varejo nacional. Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, afirmou que a intenção do governo é calibrar uma alíquota para o e-commerce, buscando proporcionar isonomia para o varejo nacional.
Durigan ressaltou a preocupação com o emprego gerado pelo varejo e afirmou que o governo está trabalhando para resolver essa questão ainda este ano.
Opiniões Divergentes
Enquanto o governo estuda o fim da isenção de impostos, o varejo nacional discorda dessa medida e está buscando maneiras de aumentar a concorrência com os varejistas internacionais, como a Shein e a Shopee. Uma das estratégias em estudo é a venda de produtos internacionais nas plataformas digitais do varejo nacional.
No início de setembro, o número 2 do Ministério da Fazenda já havia adiantado que o governo avalia a aplicação de uma alíquota de 20% sobre remessas internacionais de até US$ 50. Essa alíquota é significativamente menor do que os 60% que incidem sobre produtos acima desse limite.
Além disso, todas as compras feitas em qualquer site já estão sujeitas ao ICMS, um imposto estadual.
O Programa Remessa Conforme e a Logística Nacional
As empresas que participam do Programa Remessa Conforme também precisam processar o pagamento dos tributos antes da chegada das mercadorias em solo nacional. No entanto, esse processo tem apresentado desafios logísticos, tanto em Curitiba quanto em Guarulhos. A Receita Federal está se adaptando a essa nova realidade e buscando maneiras de atuar de forma mais eficiente nesse tema.
Dario Durigan enfatizou que a logística no país tem demandado uma série de ajustes, e a Receita Federal está trabalhando para se adaptar a essa nova realidade. O objetivo é garantir um tratamento aduaneiro mais ágil e econômico para as empresas de comércio eletrônico que cumpram voluntariamente os critérios definidos pela Receita.
Possíveis Mudanças na Política de Importação
Com o fim da isenção de impostos para importações de até US$ 50, a competitividade entre o varejo nacional e as empresas internacionais pode ser impactada. O governo federal busca equilibrar essa competição por meio da criação de uma taxa sobre esses produtos. A expectativa é que essa medida seja implementada ainda em 2023.
A criação dessa taxa tem como objetivo proteger o varejo nacional e, consequentemente, os empregos gerados por esse setor. No entanto, o varejo nacional discorda dessa medida, argumentando que a venda de produtos internacionais em suas plataformas digitais aumentaria a concorrência e traria benefícios aos consumidores brasileiros.
Ademais, o governo federal está estudando o fim da isenção de impostos para importações de até US$ 50. Essa medida visa equilibrar a competição entre o varejo nacional e as empresas internacionais. Enquanto o governo busca proteger o varejo nacional e os empregos gerados por esse setor, o varejo discorda dessa medida e busca maneiras de aumentar a concorrência com os varejistas internacionais.
A implementação de uma taxa sobre esses produtos pode impactar a competitividade e trazer mudanças significativas na política de importação. O Programa Remessa Conforme também está passando por ajustes para garantir um tratamento aduaneiro mais eficiente e econômico.
O desafio logístico em relação a essas importações é uma questão que o governo está trabalhando para resolver.