A assinatura de serviços de streaming de filmes e séries para visualização em apps no smartphone cresce continuamente no Brasil, segundo a pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box – Uso de Apps no Brasil – Dezembro de 2022. Em um ano passou de 64% para 69% a proporção de brasileiros com smartphone que assinam alguma plataforma paga de filmes e séries. Se considerados os últimos três anos houve um crescimento de 24 pontos percentuais – eram 45% em 2019.
Além disso, chama a atenção assinatura de múltiplos serviços de streaming de filmes e séries simultaneamente: 67% dos usuários pagantes assinam duas ou mais plataformas de streaming. Neste mercado, o maior crescimento nos últimos 12 meses foi do Star+, passou de 6% para 14% a proporção de brasileiros com smartphone que assinam o serviço.
A assinatura de streaming de música também subiu. Em um ano, passou de 37% para 41% a proporção de brasileiros com smartphone que pagam por esse serviço. O Spotify lidera com folga, tendo subido de 57% para 62% em um ano sua proporção de assinantes entre os brasileiros com smartphone que pagam por streaming de música.
Merece destaque ainda a popularização dos podcasts. Seis meses atrás, quando esta pesquisa abordou esse tipo de conteúdo pela primeira vez, 38% dos brasileiros com smartphone escutavam podcast. Agora são 43%.
Smartphone como ferramenta de estudo
Além de entretenimento, o brasileiro consome conteúdo educativo em seu smartphone. Em apenas seis meses subiu de 47% para 52% a proporção de brasileiros com smartphone que já assistiram a algum curso pelo aparelho. O líder desse mercado no Brasil é o Hotmart, mas muita gente tem usado o próprio YouTube para aprendizado também. Merece destaque ainda a entrada do app Nutror nessa lista.
A proporção de brasileiros que já leram um livro no seu smartphone subiu de 44% para 47% em um ano, enquanto a dos que assinam alguma plataforma para leitura de jornais e revistas na telinha caiu de 12% para 10% no mesmo período.
Mas o smartphone também é usado como plataforma de jogos, mesmo sendo observada uma queda na proporção de brasileiros que usam seu smartphone para jogos. Em um ano, o percentual caiu de 53% para 48%. O Free Fire retomou a liderança como jogo móvel preferido do brasileiro, posto que havia perdido seis meses atrás para o Candy Crush. Vale destacar a entrada do Fifa no ranking dos mais populares, por conta da realização da Copa do Mundo.
Outros dados da pesquisa
A pesquisa Panorama também apresenta aplicativos que têm ganhado espaço no smartphone do brasileiro. Os destaques são Canva, Casas Bahia, Garena Free Fire, e-Título, Meu TIM e Minha Claro Móvel, todos na faixa de presença na tela inicial de 2% a 4% dos smartphones.
Outro ponto que merece ser ressaltado é o aumento da proporção de iPhones no parque de smartphones do Brasil. Essa tendência já havia sido observada na pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre smartphones, publicada em julho, e foi confirmada novamente. Os aparelhos com iOS representam agora 19% da base de smartphones em serviço no Brasil. Um ano atrás eram 13%.
O Android, sistema operacional do Google, por sua vez, caiu de 86% para 80% em um ano. A maior longevidade dos iPhones e o crescimento do mercado de aparelhos usados são possíveis explicações para esse ganho de market share da Apple.
Outro ponto da pesquisa é que relógios e pulseiras conectadas vêm conquistando cada vez mais os pulsos dos brasileiros. Em um ano, subiu de 26% para 29% a proporção de brasileiros com smartphone que possuem também um wearable, como são chamados. Se comparado com quatro anos atrás o crescimento impressiona: eram apenas 10% em novembro de 2018.
Metodologia da pesquisa
A Panorama Mobile Time/Opinion Box – Uso de apps no Brasil é uma pesquisa independente realizada por uma parceria entre o site de notícias Mobile Time e a empresa de soluções em pesquisas Opinion Box. O questionário foi elaborado por Mobile Time e aplicado on-line entre 9 e 21 de novembro de 2022 por Opinion Box junto a 2.039 brasileiros com 16 anos ou mais que acessam a Internet e possuem smartphone, respeitando as proporções de gênero, idade, faixa de renda e distribuição geográfica desse grupo. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. O grau de confiança é de 95%.