O termo “Período Regencial” é utilizado para denominar uma fase de transição entre o Primeiro Reinado, que acabou em 1831, e o Segundo Reinado, que começou no ano de 1840.
Esse assunto é muito relevante também abordado com grande frequência por questões de história do Brasil dentro das principais provas do país, com um destaque para o ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio.
Dessa forma, para te ajudar a alcançar um bom desempenho na prova de história do ENEM, o artigo de hoje separou um resumo com os tópicos sobre o Período Regencial que você precisa dominar. Vamos conferir!
Predomínio de dois partidos políticos
O cenário político do Período Regencial foi caracterizado pela presença de dois grupos políticos: os restauradores e os progressistas. Os restauradores possuíam uma visão mais conversadora, enquanto os progressistas possuíam uma visão liberal.
Os dois partidos políticos disputaram o poder dentro do parlamento brasileiro durante todo o período, influenciando também na escolha dos regentes que governariam o país.
A Regência Trina Provisória
Com a abdicação de D. Pedro I, foi necessário estabelecer um regime de regência, que seria exercido por governantes temporários.
O primeiro governo temporário foi a Regência Trina Provisória, composta por três membros: Nicolau Pereira de Campos Vergueiro, José Joaquim Carneiro de Campos e Francisco de Lima e Silva.
Esses três governantes estabelecem por estabelecer as primeiras medidas do período regencial, como a convocação de uma Assembleia Constituinte em 1834.
A Assembleia Constituinte, por exemplo, foi convocada com o objetivo de elaborar um novo conjunto de leis para o país. De fato, a reunião resultou na elaboração do Ato Adicional de 1834, que permitiu a separação dos poderes e a descentralização do poder, dando mais autonomia para as províncias brasileiras e favorecendo os poderes locais.
A Regência Trina Permanente
Após a Regência Trina Provisória, foi estabelecida a Regência Trina Permanente, formada por Francisco Lima e Silva, João Bráulio Muniz e José da Costa Carvalho.
Esse período ficou caracterizado por uma forte crise econômica no país, que afetou a produção de café e provocou a queda nos preços dos produtos exportados pelo Brasil no mercado internacional.
As Revoltas Regenciais
Devemos ter em mente que o Período Regencial foi uma fase de instabilidade no país, uma vez que algumas lideranças locais interpretavam o recém-consolidado processo de independência como um momento de vulnerabilidade do poder central, ideal para conquistar a separação em relação ao Brasil. Ao mesmo tempo, esses movimentos de revolta foram fundamentais para demonstrar a insatisfação da população com as condições políticas e sociais da época.
Foram cinco as revoltas regenciais que abalaram o Brasil durante esse período:
- Balaiada: a primeira revolta ocorreu em 1835, no Maranhão, e foi conhecida como Balaiada. Foi liderada por camponeses, escravos e membros da classe média insatisfeitos com as políticas do governo. A revolta foi violentamente reprimida pelo exército, mas deixou como legado a criação de partidos políticos na região.
- Cabanagem: ocorreu entre os anos de 1835 e 1840 na província do Grão-Pará (atual estado do Pará). O movimento tinha o objetivo de derrubar a elite política local e instalar um governo popular. A revolta durou cerca de um ano e foi reprimida pelo exército imperial.
- Sabinada: esse movimento aconteceu em 1837 e foi liderado por membros da classe média insatisfeitos com a regência de Feijó. O movimento durou alguns meses e foi reprimido pelas forças imperiais.
- Revolta dos Malês: aconteceu em 1838 e foi liderada por escravos muçulmanos. O movimento foi violentamente reprimido e provocou a promulgação de leis contra a religião islâmica.
- Revolução Farroupilha: aconteceu em 1842 e foi liderada pelos fazendeiros do Rio Grande do Sul que se opunham à centralização do poder federal e aos tributos excessivos que eram cobrados. Durou cerca de dez anos e foi reprimido pelo exército, mas provocou a conquista de maior autonomia para as províncias brasileiras.