O perfeccionismo no trabalho é um dos maiores causadores da procrastinação e do medo de errar no ambiente corporativo. Isso porque ele força o indivíduo a buscar uma perfeição inatingível, fazendo com que ele não consiga concluir determinada tarefa em tempo hábil.
Todavia, os malefícios não param por aqui. O perfeccionismo tende a gerar muita angústia e insatisfação na vida do sujeito, fazendo com que diversas esferas cotidianas fiquem abaladas. A seguir, damos mais detalhes sobre o tema.
O perfeccionismo no trabalho, há algum tempo, era visto como uma qualidade. As pessoas tinham orgulho de dizer, na entrevista de emprego, que eram “perfeccionistas”.
Por um período, essa classificação era associada à pessoas que gostam de tudo organizado, dentro dos prazos e considerando um índice de qualidade. Porém, perfeccionismo não é isso.
Uma pessoa perfeccionista não é aquela que gosta de tudo bem feito, mas sim, é aquela que nunca se sente satisfeita com o que é feito. E embora ela entregue o seu trabalho ou o seu serviço/produto, ela sempre sentirá, de uma forma angustiante, que “poderia ter sido melhor”.
Assim, à medida em que essa sensação cresce dentro do sujeito, ele vai se sentindo cada vez mais “afogado” na obrigação de melhorar o seu desempenho, até que isso possa se transformar em um adoecimento psíquico.
Por isso, ficar atento aos sinais do perfeccionismo no trabalho é fundamental para não seguir este doloroso caminho em busca da inexistente perfeição.
Abaixo, listamos os principais malefícios da perfeccionismo no trabalho e na vida. Veja:
Quem busca o perfeccionismo no trabalho, tende a procrastinar mais. Isso porque o sujeito nunca se sente satisfeito com a conclusão de um projeto, fazendo uma constante revisão e remodelação do que produziu. Logo, não consegue dar continuidade à sua lista de tarefas.
Por não conseguir concluir todas as tarefas propostas para o dia, o sujeito pode sentir a sensação de improdutividade. No longo prazo, essa sensação pode se transformar em uma constante desmotivação.
Como a perfeição não existe, em nenhum âmbito de nossas vidas, a tendência é que o sujeito que busca o perfeccionismo no trabalho sinta angústia e ansiedade por nunca atingir níveis elevados de qualidade. É como se nada bastasse.
E por nada bastar, a ansiedade surge como um medo do resultado; e a angústia apresenta o quanto aquele sujeito está “preso” em uma realidade inatingível.
O medo de errar no trabalho também é evidenciado com o perfeccionismo. O sujeito, em sua incessante busca por perfeição, sente-se desamparado e com grande receio de cometer um erro, por menor que ele possa ser. Com isso, sente-se cansado, angustiado e ansioso diante de qualquer tarefa (até mesmo das mais “insignificantes”).
Por isso é tão importante se atentar para as situações de perfeccionismo no trabalho e passar a avaliar as suas ações. A psicoterapia, por exemplo, pode lhe ajudar nesse autoconhecimento, a fim de apontar seus pontos fortes e fracos, demonstrando as suas habilidades e ajudando você a perceber que não ser perfeito, é perfeito.