Conforme dados divulgados nesta sexta-feira (20/08/2020) pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, os pedidos de seguro-desemprego continuam a cair no Brasil na primeira quinzena de agosto.
Do mesmo modo, nesse período, o total de solicitações recuou 21,3% em relação ao mesmo período do ano passado.
No início da pandemia, o país registrou uma alta nos pedidos do benefício, mas, desde o início de junho, o indicador está em queda.
Outrossim, na primeira metade do mês, 216.350 pessoas pediram o seguro-desemprego, contra 274.827 pedidos registrados nos mesmos dias de 2019.
Ao todo, 64,3% das solicitações ocorreu pela internet na primeira quinzena do mês, contra apenas 2,4% no mesmo período de 2019.
Acumulado
Em que pese a queda no mês de agosto, quando computado o acumulado do ano, os pedidos de seguro-desemprego continuam em alta.
Neste sentido, os pedidos somam 4.737.572 de 2 janeiro a 15 de agosto de 2020.
Assim, o total representa aumento de 9,1% em relação ao acumulado no mesmo período do ano passado, que foi de 4.343.212.
Por outro lado, no acumulado do ano, houve a requisição de 55,2% dos requerimentos de seguro-desemprego (2.613.515) pela internet, pelo portal gov.br e pelo aplicativo da Carteira de Trabalho digital.
Além disso, 45,9% dos benefícios (2.124.057) foram pedidos presencialmente.
Em 2019, no mesmo período, 98,5% dos requerimentos (4.277.397) ocorreram nos postos do Sine e nas superintendências regionais.
Outrossim, apenas 1,5% (65.815) das solicitações se deu pela internet.
Embora os requerimentos possam ser feitos de forma 100% digital e sem espera para a concessão do benefício, o Ministério da Economia informou que os dados indicam que muitos trabalhadores continuam aguardando a reabertura dos postos do Sine, administrados pelos estados e pelos municípios, para darem entrada nos pedidos.
Diante disso, o empregado demitido ou que pediu demissão tem até 120 dias depois da baixa na carteira de trabalho para dar entrada no seguro-desemprego.
Perfil
Não obstante, em relação ao perfil dos requerentes do seguro-desemprego na primeira quinzena de agosto, a maioria é masculina (60,4%).
Ademais, a faixa etária com maior número de solicitantes está entre 30 e 39 anos (32,9%) e, quanto à escolaridade, 59,1% têm ensino médio completo.
Por fim, no tocante aos setores econômicos, serviços representou 43,1% dos requerimentos, seguido por comércio (26,1%), indústria (14,9%) e construção (9,9%).