PEC dos Benefícios pode ajudar economia, diz estudo do Senado

PEC dos Benefícios pode ajudar economia, diz estudo do Senado

PEC aprovada pelo Congresso Nacional pode ajudar a melhorar a situação da economia do país até o final deste ano

Estudo da Instituição Financeira Independente do Senado Federal (IFI) aponta que a situação econômica do país deve melhorar nos próximos meses. Um dos motivos para esta crença é a aprovação da PEC dos Benefícios. Trata-se do texto que liberou R$ 41 bilhões para que o Governo turbinasse os seus auxílios em ano eleitoral.

“A aprovação da Emenda Constitucional nº 123, que concede uma série de benefícios para caminhoneiros, taxistas e à população que recebe o auxílio Brasil impacta na atividade econômica”, disse a diretora da IFI do Senado Federal, Vilma da Conceição Pinto, em entrevista para a emissora CNN Brasil

“Quando as famílias ficam com mais recursos disponíveis, parte desses recursos podem ser direcionados para consumo e isso afeta positivamente a atividade econômica”, completou ela. Vale lembrar que a aprovação da PEC dos Benefícios permitiu a abertura de espaço no orçamento para o aumento do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600.

Além disso, o documento também permitiu uma elevação no número total de usuários do programa. Dados do Ministério da Cidadania apontam que mais de 2,2 milhões de pessoas entraram para o projeto social entre os repasses de julho e agosto. A pasta indica que esta é o maior índice que o benefício já alcançou até aqui.

É neste sentido que varejistas já esperam uma melhora na situação das vendas este ano. A avaliação é de que as principais datas para o comércio ainda não passaram. A venda de itens que possuem relação com o natal e a Copa do Mundo pode crescer justamente por causa dos aumentos nos pagamentos do Auxílio Brasil.

Discussão fiscal

A ideia de que a liberação de dinheiro para a população pode ser uma opção para a economia não é nova. A discussão em torno do tema existe e ganhou novos ares nas últimas semanas, com novas declarações de parte a parte.

“Vocês conhecem uma frase famosa: não existe nada mais permanente do que um programa temporário do governo. Isso é uma coisa que nos aflige. Hoje, o mercado tem uma ansiedade para entender como vai ser o fiscal do ano que vem, os programas que foram implementados, se forem continuados, como serão financiados”, disse o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.

“O debate fiscal vai ter que estar presente em 2023 de qualquer forma, independente de qualquer tipo de prognóstico em relação à política porque vai ser uma questão crucial. A gente vai caminhar em um caminho onde qualquer tipo de política vai ter que olhar para o lado da sustentabilidade da dívida e do social ao mesmo tempo e equacionar”, completou ele.

Auxílio em 2023

Como dito, o aumento do valor do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 só foi possível por causa da aprovação da PEC dos Benefícios, no último mês de julho pelo Congresso Nacional. O texto só tem validade até o final deste ano.

Para 2023, a situação ainda é nebulosa. O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que já falou com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o assunto. O chefe de estado diz que os pagamentos de R$ 600 para o próximo ano estão confirmados.

Entretanto, o fato é que ainda não há nenhum documento que oficialize a manutenção do benefício neste valor para o ano de 2023. Até aqui, nem o Governo e nem a oposição indicaram uma fonte de custeio do novo projeto social.

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