Paulo Guedes alerta que taxa extra na conta de luz é “inevitável”

O Brasil está enfrentando a maior crise hídrica dos últimos 91 anos, com a bandeira tarifária tendo sido reajustada novamente no mês de julho. Nesta quarta-feira, o Governo Federal prometeu uma “premiação” para quem “economizar” na conta de luz neste período.

Quem se posicionou sobre o tema nesta quinta-feira (26), foi o Ministro da Economia, Paulo Guedes, que comentou sobre a cobrança alta da conta de luz, afirmando que “Não adianta ficar sentado chorando”, pois a crise hídrica atual é séria e já está muito difícil controlar a situação, assim como se tornou complicado não realizar ajustes tarifários na bandeira ao consumidor.

O ministro afirmou em audiência pública no Senado que “Temos de enfrentar a crise. Vamos ter de subir a bandeira, a bandeira vai subir. Vou pedir aos governadores para não subir automaticamente (o ICMS da energia elétrica), eles acabam faturando em cima da crise. Temos de enfrentar, não adianta ficar sentado chorando”.

Conta de luz terá novo reajuste para a próxima semana

A bandeira na cor vermelha irá sofrer um novo reajuste na semana que vem, que já foi anunciado durante uma reunião na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Guedes ressaltou que será necessário “enfrentar a crise”, além de que o Ministério da Economia irá pedir ajuda aos governadores referente à cobrança do ICMS.

Os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste, respondem por 70% da capacidade da geração de energia do país, estando com 22,5% da capacidade de armazenamento, sendo que não existe uma perspectiva de fortes chuvas até meados de outubro.

As usinas termelétricas que já estão mais caras e poluentes, estão sendo acionadas para garantir o fornecimento de energia. Esse é um dos motivos para que esteja acontecendo um aumento no custo de energia, sendo que o valor final é repassado diretamente para os consumidores.

Como entender a convocação de Guedes para enfrentar a crise hídrica?

Também em um outro evento que aconteceu nesta quinta-feira (26), Paulo Guedes falou sobre a gravidade da crise hídrica, dizendo que a situação foi se agravando ao longo dos últimos 10/15 anos.

Adicionalmente, Guedes indicou que será necessário “enfrentar a crise”. Alguns comentários foram feitos posteriormente por veículos de comunicação, sugerindo que o Ministro da Economia, não estaria se importando com a crise.

Guedes completou que sim o país terá riscos com a crise hídrica, mas que o Governo Federal já estaria de olho para enfrentar o problema.

Medidas tomadas para reduzir o consumo da conta de luz

Também nesta semana, o Governo Federal anunciou uma premiação aos consumidores que conseguirem economizar na conta de energia elétrica. Também foi determinado que os órgãos públicos federais terão de reduzir o consumo de energia de 10% a 20% de setembro deste ano até abril de 2022.

Bento Albuquerque, que o Ministro do Ministério de Minas e Energia, descartou novamente a possibilidade de racionamento de energia. Se as medidas de contenção não acontecerem, existe uma relevante condição de piora da crise hídrica no país.

O período chuvoso deve começar apenas em novembro, o que deve aliviar a conta de luzpara os últimos meses do ano. A ONS prevê que os reservatórios das regiões Sudeste/Centro-Oeste vão chegar a 10% da capacidade. Até então, seguem as medidas de contenção que devem durar no mínimo dois meses até que a situação melhore.

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