Oito em cada dez paulistanos são contra o retorno das aulas presenciais
As aulas na capital paulista seguem suspensas desde o mês de março por conta da pandemia de Covid-19
Uma pesquisa realizada em conjunto pelo Ibope, TV Globo, Estadão revelou que oito em cada dez paulistanos se mostram contrários à volta às aulas presenciais em 2020.
O grupo encomendou o estudo sobre as eleições para a Prefeitura e outros temas do momento.
A pergunta realizada aos mil entrevistados foi a seguinte: A secretaria de Educação tem discutido sobre uma possível volta às aulas ainda neste ano. O (a) sr (a) é a favor ou contra?”
Somente 17% responderam ser a favor, e 81%, contrários. As mulheres representam 84% de votos contrários e 15% favoráveis.
Vale dizer que as aulas na capital paulista seguem suspensas desde o mês de março por conta da pandemia de Covid-19.
No início de outubro, contudo, o prefeito Bruno Covas (PSDB), que concorre à reeleição, autorizou a retomada de atividades extracurriculares não só na rede pública como também na particular.
Insegurança com a volta às aulas
Além disso, o Ibope perguntou aos participantes os principais fatores de insegurança caso as aulas já retornasse.
Diante de alternativas, a que continha “falta de estrutura das escolas para lidar com a pandemia” foi a escolhida por 60% dos entrevistados e liderou o ranking.
As demais alternativas apresentavam outras possibilidades: “aglomeração dos estudantes em um só lugar” e “as crianças não têm noção de como se cuidar”. Os possíveis riscos que os transportes públicos oferecem também entraram em pauta. A temores de prejuízos no aprendizado dos alunos.
Educadores apontam que o longo período em que as crianças e os adolescentes estão afastados da escola podem aumentar o déficit de aprendizagem e os índices de evasão.
Ainda há dúvidas, porém, sobre o risco envolvido na reabertura doas escolas no avanço da transmissão da doença.
O retorno de aulas regulares na capital está previsto para 3 novembro, mas ainda não há confirmação da data. Covas aguarda resultados de uma bateria de testes com professores e estudantes para verificar quantos já têm anticorpos contra o novo coronavírus.