Estudantes de pelo menos três estados relataram que foram barrados na entrada dos locais de prova do Exame Nacional do Ensino Médio e impedidos de realizar a prova. De acordo com eles, os aplicadores alegaram a superlotação das salas. Ações na Justiça questionavam a capacidade do Ministério da Educação (MEC) de garantir o cumprimento dos protocolos sanitários para a realização do exame.
O Inep, órgão responsável pelo exame, havia se comprometido a aplicar as provas com a lotação máxima de 50% da capacidade total das salas. No entanto, reportagem do Estadão revelou planos que incluíam salas com até 80% de ocupação.
Além disso, nesta sexta-feira (15), a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) publicou uma nota por meio da qual questiona o Inep após receber plano de salas com ocupação de 80% para a realização do Enem. Conforme a UFSC, o respeito à ocupação máxima de 40% da capacidade era a condição para ceder o espaço ao Inep.
Dezenas de estudantes que fariam a prova do Enem 2020 na UFSC receberam a orientação de voltar para casa. Aqueles que não pudera entrar nas salas receberam a promessa por parte dos funcionários de que poderiam realizar o exame em fevereiro. No entanto, o Inep ainda não se pronunciou sobre essa possibilidade e afirmou que irá investigar os casos.
Em Santa Cruz do Sul (RS), cerca de 30 estudantes impedidos de realizar a prova chegaram a registrar boletim de ocorrência. Mesmo com abstenção de mais da metade dos inscritos (51,5%), muitos estudantes relataram casos de superlotação de salas e salas com número de alunos acima da capacidade de 50%, prevista pelo MEC.
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