Os brasileiros têm enfrentado uma escalada nas dívidas de cartão de crédito parcelado, revelou o Banco Central em um recente relatório. O uso indiscriminado do cartão de crédito, muitas vezes não pago integralmente, têm levado a juros que atingem mais de 1.000% ao ano.
De acordo com dados divulgados pelo Banco Central, as dívidas do cartão de crédito parcelado atingiram a marca alarmante de R$ 59,3 bilhões no último mês de agosto. Isso representa mais que o dobro do valor registrado em agosto de 2021, quando as dívidas somavam R$ 27,9 bilhões.
Essa tendência preocupante está causando impactos significativos nas finanças dos consumidores, com muitos brasileiros encontrando-se presos em um ciclo vicioso de dívidas de cartão de crédito parcelado devido aos altos juros. O parcelamento da fatura, inicialmente destinado a aliviar a situação financeira dos devedores, parece estar contribuindo para um aumento das dívidas em vez de uma solução.
Melhores taxas de juros
No cenário financeiro atual, o uso do cartão de crédito parcelado deve ser evitado. No entanto, para buscar equilibrar as finanças e evitar juros exorbitantes, é recomendado considerar alternativas com taxas de juros mais baixas, como o crédito consignado.
O Diário do Nordeste separou uma lista com as cinco instituições financeiras com as “melhores taxas” neste cenário. Veja o ranking a seguir:
- Zema CFI S/A: 0,63% (ao mês) / 7,78% (ao ano)
- Facta S/A: 2,78% (ao mês) / 38,89% (ao ano)
- Parana BCO S/A: 2,83% (ao mês) / 39,76% (ao ano)
- Banco Daycoval: 3,03% (ao mês) / 43,11% (ao ano)
- Banco Genial: 3,15% (ao mês) / 45,01% (ao ano)
O Diário do Nordeste informa que essa lista foi obtida diretamente do site do Banco Central e refere-se ao período de 09/10/2023 a 16/10/2023. É importante ressaltar que essas informações são atualizadas periodicamente pelo Banco Central para manter os consumidores informados sobre as taxas de juros em vigor.
Parcelar a fatura do cartão de crédito pode ser arriscado
Os juros aplicados sobre o valor parcelado costumam ser significativamente mais altos do que outras formas de crédito, como empréstimos pessoais ou consignados. Isso significa que, ao optar pelo parcelamento, o consumidor acaba pagando mais em juros, tornando a dívida mais custosa.
Apesar do parcelamento do cartão criar a falsa sensação de alívio imediato, a longo prazo essa ação pode prejudicar a saúde financeira dos consumidores, já que isso pode acumular várias parcelas ao longo do tempo. O parcelamento pode resultar em dívidas difíceis de pagar.
É importante ressaltar que existem opções de crédito com juros mais baixos, como o crédito consignado, que pode ser uma alternativa mais econômica de empréstimo para aqueles que não estão conseguindo pagar as contas em dia. Além disso, planejar e economizar para grandes compras pode ser mais vantajoso do que parcelar no cartão.
Em suma, o parcelamento da fatura do cartão de crédito deve ser utilizado com cautela e apenas em situações de real necessidade. Sendo assim, a melhor prática financeira é pagar o valor integral da fatura todo mês para evitar os altos juros associados ao cartão de crédito parcelado e manter um controle eficaz das finanças.