Paralisação do Auxílio foi acerto do Governo, diz Ministério da Economia
O Ministério da Economia divulgou uma nota informativa nesta terça-feira (1). Neste texto, a pasta comenta o resultado positivo do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no primeiro trimestre de 2021. Entre outras coisas, eles citam a paralisação do Auxílio Emergencial.
De acordo com o Ministério da Economia, essa parada do benefício entre os meses de janeiro e março foi um acerto da pasta. Em tom de comemoração, a nota afirma que esse período sem pagamentos não afetou significativamente a economia brasileira.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país teve um salto positivo em seu PIB nesse primeiro trimestre. O Brasil registrou um crescimento de 1,2% em relação ao que se viu no último trimestre do ano de 2020, quando o Governo ainda pagava o Auxílio Emergencial.
“A retirada dos estímulos governamentais temporários, tal como defendido por esta Secretária de Política Econômica (SPE), não teve impactos significativos sobre a atividade no primeiro trimestre do ano”, diz a nota do Ministério da Economia.
O texto diz ainda que a economia do país segue uma trajetória de elevação bem como o Ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeu que faria. No início deste ano de 2021, ele disse que o Brasil teria um gráfico em v, que indicaria portanto um crescimento rápido depois de uma queda brusca.
Auxílio Emergencial
O Governo Federal começou os pagamentos do novo Auxílio Emergencial ainda no início do período pandêmico em 2020. No começo dos repasses, os valores eram de R$ 600 podendo chegar a R$ 1200 para as mães solteiras. Cerca de 70 milhões de pessoas receberam pelo menos uma parcela desse primeiro montante.
No entanto, esses valores começaram a cair em setembro. Foi a partir daí que o Governo começou a fazer pagamentos de R$ 300 podendo chegar a R$ 600 para as mães solteiras. Essa segunda etapa do benefício, aliás, durou até o final de 2020.
O Governo alegou que não poderia seguir com os repasses por causa do fim do período de calamidade pública. É que sem esse dispositivo, o Governo teria que voltar a respeitar o teto de gastos. Por isso, o Planalto decidiu suspender definitivamente o programa.
O problema é que eles esqueceram de combinar com a pandemia. O Brasil passou no início deste ano pelo seu pior período desde a chegada do coronavírus por aí. Diante desse cenário, o Governo Federal não teve outra opção a não ser retomar os pagamentos do programa no início de abril.
Retomada
Pelas regras dessa nova fase do Auxílio, o novo programa está pagando quatro parcelas que variam entre R$ 150 e R$ 375. De acordo com as informações do Ministério da Cidadania, que é a pasta que responde pelo projeto, cerca de 39 milhões de brasileiros estão recebendo o dinheiro desta nova fase do benefício.
Como se vê, o novo Auxílio Emergencial apresenta números bem mais modestos do que aqueles que se viu no ano passado. O Governo segue argumentando que tudo isso está acontecendo por uma questão de respeito com as contas públicas. Não há portanto uma previsão de aumento.