Pará lidera ranking de informalidade no 4º trimestre de 2022

Pará lidera ranking de informalidade do país no 4º trimestre de 2022

Taxa média nacional de informalidade foi de 38,8%, mas percentual no Pará superou os 60%

O valor médio anual da taxa de informalidade no Brasil ficou em 39,6% da população ocupada em 2022. Isso quer dizer que o país fechou o ano com uma taxa média de 38,8 milhões de trabalhadores informais no país no final do ano passado, em números absolutos.

Ao considerar apenas o quarto trimestre de 2022, os números foram um pouco mais positivos. Em resumo, a taxa nacional de informalidade ficou em 38,8% da população ocupada entre outubro e dezembro do ano passado. Contudo, diversos locais tiveram números bem mais expressivos que a média do Brasil.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) Contínua, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 16 das 27 Unidades da Federação (UFs) tiveram taxas de informalidade superiores à média nacional.

Em suma, o Pará continuou liderando o ranking entre todas as UFs, com uma taxa de informalidade bem maior que a nacional. Aliás, o estado nortista se manteve nessa posição durante todos os trimestres de 2022, com taxas superiores a 60%.

Confira abaixo os estados com as maiores taxas de informalidade do país no quarto trimestre:

  • Pará: 60,8%;
  • Maranhão: 57,4%;
  • Amazonas: 57,0%;
  • Piauí: 54,0%;
  • Ceará: 53,3%;
  • Bahia: 52,2%;
  • Paraíba: 50,9%;
  • Sergipe: 50,8%.

Outros oito estados tiveram taxas inferiores a 50%, mas ainda acima da média nacional: Rondônia (48,9%), Roraima (48,8%), Amapá (48,3%), Pernambuco (48,4%), Acre (46,3%), Alagoas (44,7%), Rio Grande do Norte (44,6%) e Tocantins (43,8%).

Santa Catarina tem menor taxa de informalidade

A PNAD também revelou a outra parte do ranking, cujos resultados são mais positivos para o Brasil. Em síntese, Santa Catarina teve a menor taxa de informalidade do país. Inclusive, o estado manteve a melhor posição do país em todos os trimestres de 2022.

Vale destacar que Santa Catarina também apresentou o maior percentual de trabalhadores do setor privado com a carteira de trabalho assinada no quarto trimestre. Esse resultado é um dos fatores que explica a baixa taxa de informalidade do estado sulista.

Entre outubro e dezembro de 2022, apenas 11 UFs tiveram taxas de informalidade inferiores à média nacional. Veja quais UFs registraram os melhores números do quarto trimestre:

  • Santa Catarina: 25,9%;
  • Distrito Federal: 29,7%;
  • São Paulo: 30,5%;
  • Paraná: 31,0%;
  • Rio Grande do Sul: 31,7%;
  • Mato Grosso do Sul: 32,7%;
  • Mato Grosso: 35,1%;
  • Minas Gerais: 36,0%;
  • Goiás: 36,7%;
  • Rio de Janeiro: 36,8%;
  • Espírito Santo: 37,9%.

Os dados citados mostram que as maiores taxas foram observadas em UFs do Centro-Sul do Brasil. Por outro lado, os estados do Nordeste e do Norte tiveram os maiores percentuais de informalidade.

A propósito, a PNAD Contínua realiza o levantamento da informalidade no mercado de trabalho brasileiro considerando as seguintes populações:

  • Empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada;
  • Empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada;
  • Empregador sem registro no CNPJ;
  • Trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ;
  • Trabalhador familiar auxiliar.

Piauí tem maior taxa de subutilização do país

Além disso, o IBGE também revelou dados da taxa composta de subutilização da força de trabalho. Esse indicador se refere ao “percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada”, segundo o IBGE.

Em resumo, a taxa composta de subutilização fechou 2022 com média de 20,8%, o que representa uma forte queda de 6,4 pontos percentuais em relação a 2021 (27,2%). No entanto, ao considerar apenas o quarto trimestre, a taxa foi ainda menor no país.

Segundo o IBGE, a taxa nacional de subutilização entre outubro e dezembro de 2022 ficou em 18,5%. Contudo, vários locais apresentaram valores bem acima da média nacional, impulsionando a taxa no período.

Confira quais estados tiveram as maiores taxas de subutilização do país:

  • Piauí: 38,8%;
  • Sergipe: 33,9%;
  • Bahia: 31,8%;
  • Maranhão: 30,3;
  • Alagoas: 29,3%;
  • Paraíba: 28,1%;
  • Pernambuco: 26,8%;
  • Rio Grande do Norte: 26,8%;
  • Ceará: 25,0%.

Outras seis UFs também tiveram taxas superiores à média nacional: Pará (23,3%), Amapá (21,0%), Amazonas (20,8%), Distrito Federal (20,5%), Acre (20,2%) e Rio de Janeiro (18,6%).

Em contrapartida, a menor veio de Santa Catarina, que também apresentou o melhor resultado nacional no quesito subutilização. Entretanto, nesse quesito, alguns estados da região Norte se destacaram, com alguns dos melhores resultados do país:

Veja os estados com as menores taxas de subutilização do Brasil:

  • Santa Catarina: 5,9%;
  • Rondônia: 7,2%;
  • Mato Grosso do Sul: 8,5%;
  • Paraná: 11,4%;
  • Rio Grande do Sul: 11,4%;
  • Goiás: 13,1%;
  • Roraima: 13,2%;
  • Espírito Santo: 14,2%;
  • Minas Gerais: 14,6%;
  • São Paulo: 15,3%;
  • Tocantins: 15,8;

Por fim, vale destacar que o Brasil busca taxas cada vez menores de subutilização. Isso porque, reduzindo o número de pessoas nessa condição, a economia tende a se fortalecer com o aumento do consumo.

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