Pará lidera ranking de informalidade do país no 1º trimestre

Pará lidera ranking de informalidade do país no 1º trimestre de 2023

Taxa média nacional de informalidade foi de 39%, mas percentual no Pará ficou próximo de 60%

A taxa de informalidade no Brasil atingiu 39% da população ocupada no primeiro trimestre de 2023. A saber, o país tinha 38,1 milhões de trabalhadores informais nos três primeiros meses deste ano, em números absolutos.

Entre janeiro e março, a população empregada do país somou 97,8 milhões de pessoas. Em resumo, esse valor ficou 1,6% menor que o registrado no quarto trimestre de 2022. Por outro lado, o número de pessoas ocupadas cresceu 2,7% em comparação ao primeiro trimestre do ano passado (acréscimo de 2,6 milhões de pessoas).

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) Contínua, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 16 das 27 Unidades da Federação (UFs) tiveram taxas de informalidade superiores à média nacional.

Em suma, o Pará continuou liderando o ranking entre todas as UFs, com uma taxa de informalidade bem maior que a nacional.

Confira os estados com as maiores taxas de informalidade do país no quarto trimestre:

  • Pará: 59,6%;
  • Amazonas: 57,2%;
  • Maranhão: 56,5%;
  • Bahia: 53,7%;
  • Ceará: 52,7%;
  • Piauí: 52,5%;
  • Sergipe: 51,0%;
  • Paraíba: 50,0%;

Outros oito estados tiveram taxas acima da média nacional: Pernambuco (48,9%), Rondônia (48,2%), Roraima (48,1%), Amapá (46,6%), Rio Grande do Norte (45,9%), Alagoas (45,4%), Tocantins (45,3%) e Acre (45,1%).

Em síntese, todos os estados do Norte e do Nordeste tiveram taxas de informalidade superiores à média nacional, e foram os únicos do país. Esse resultado é bastante preocupante, pois o trabalho informal oferece menos garantias em relação aos direitos trabalhistas, além de ser menos estável.

Esse tipo de inserção torna o trabalhador mais suscetível à instabilidade no mercado de trabalho, sobretudo em momentos de crise, como foi a pandemia. Regiões onde o trabalho informal tem mais peso tendem a apresentar taxas de desocupação mais altas, por exemplo“, disse Alessandra Brito, analista da pesquisa.

Santa Catarina tem menor taxa de informalidade

A PNAD também revelou a outra parte do ranking, cujos resultados são mais positivos para o Brasil. Em síntese, Santa Catarina teve a menor taxa de informalidade do país. Inclusive, o estado mantém a posição há anos.

Vale destacar que Santa Catarina também apresentou o maior percentual de trabalhadores do setor privado com a carteira de trabalho assinada no primeiro trimestre. Esse resultado é um dos fatores que explica a baixa taxa de informalidade do estado sulista.

Entre janeiro e março de 2023, apenas 11 UFs tiveram taxas de informalidade inferiores à média nacional, assim como ocorreu no trimestre anterior. Veja quais UFs registraram os melhores números do quarto trimestre:

  • Santa Catarina: 26,1%;
  • Distrito Federal: 30,3%;
  • São Paulo: 30,6%;
  • Paraná: 31,7%;
  • Rio Grande do Sul: 32,0%;
  • Mato Grosso do Sul: 34,3%;
  • Mato Grosso: 35,7%;
  • Rio de Janeiro: 36,5%;
  • Minas Gerais: 37,1%;
  • Goiás: 37,2%;
  • Espírito Santo: 38,7%.

Os dados citados mostram que as maiores taxas foram observadas nas UFs do Centro-Sul do Brasil.

Cabe salientar que a PNAD Contínua realiza o levantamento da informalidade no mercado de trabalho brasileiro considerando as seguintes populações:

  • Empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada;
  • Empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada;
  • Empregador sem registro no CNPJ;
  • Trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ;
  • Trabalhador familiar auxiliar.

Piauí tem maior taxa de subutilização do país

Além disso, o IBGE também revelou dados da taxa composta de subutilização da força de trabalho. Esse indicador se refere ao “percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada”, segundo o IBGE.

Em resumo, a taxa composta de subutilização fechou o trimestre em 18,9%, o que representa uma forte queda de 4,3 pontos percentuais (p.p.) em relação ao mesmo período de 2022. No entanto, na comparação com o quarto trimestre do ano passado, a taxa cresceu 0,4 p.p.

De acordo com a PNAD Contínua, vários locais apresentaram valores bem acima da média nacional. O destaque negativo continuou com o Piauí, que seguiu na liderança nacional, com um taxa mais de duas vezes superior a do Brasil.

Confira quais estados tiveram as maiores taxas de subutilização do país:

  • Piauí: 39,6%;
  • Sergipe: 33,4%;
  • Bahia: 32,9%;
  • Maranhão: 30,4;
  • Alagoas: 30,3%;
  • Rio Grande do Norte: 29,2%;
  • Paraíba: 28,3%;
  • Pernambuco: 26,9%;
  • Ceará: 25,9%;
  • Pará: 25,7%.

Outras quatro UFs também tiveram taxas superiores à média nacional: Amazonas (22,5%), Amapá (22,1%), Acre (21,3%) e Distrito Federal (20,3%).

Em contrapartida, a menor taxa veio de Santa Catarina, que teve o melhor resultado nacional no quesito subutilização. Entretanto, vale destacar que não foram apenas as UFs do Centro-Sul do país que se destacaram. Nesse quesito, alguns estados da região Norte tiveram alguns dos melhores resultados do país:

Veja os estados com as menores taxas de subutilização do Brasil:

  • Santa Catarina: 6,4%;
  • Rondônia: 6,7%;
  • Mato Grosso: 9,4%;
  • Mato Grosso do Sul: 9,7%;
  • Rio Grande do Sul: 11,5%;
  • Paraná: 12,0%;
  • Goiás: 13,5%;
  • Espírito Santo: 13,8%;
  • Roraima: 14,1%;
  • Minas Gerais: 14,9%;
  • São Paulo: 15,4%;
  • Tocantins: 17,3%;
  • Rio de Janeiro: 18,2%.

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