Para recuperar o conteúdo pedagógico perdido em razão da pandemia do coronavírus (Covid-19), que obrigou as escolas a suspenderem as aulas presenciais, os governos de São Paulo e do Maranhão avaliam o lançamento do quarto ano do ensino médio em 2021.
A informação foi dada pelo secretário de Educação do Maranhão, Felipe Camarão, em um debate on-line promovido pela Fundação Getúlio Vargas.
“Podemos recuperar em 2021 e 2022 o conteúdo principalmente dos anos escolares iniciais. No ensino médio, como não temos tanto tempo, iremos lançar o quarto ano opcional para os estudantes que forem aprovados no terceiro ano e não se sentirem contemplados no conteúdo, seja no remoto, seja no presencial a partir da volta”, afirmou o secretário.
“Eles poderão cursar esse ano obviamente sem nenhum custo. Mesmo que o MEC [Ministério da Educação] não nos mande recursos, o governo estadual irá bancar”, complementou Camarão, que disse que o mesmo seria feito no estado de São Paulo.
Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, a secretaria de Educação de São Paulo confirmou que o projeto está em desenvolvimento, mas os detalhes ainda não podem ser divulgados. O secretário, Rossieli Soares, está internado com Covid-19 há uma semana e foi transferido para a unidade de terapia intensiva do Hospital 9 de Julho.
No final de maio, Rossieli já havia mencionado a intenção de lançar o projeto em um debate sobre o Enem, organizado pelo Sistema Educacional Brasileiro.
Segundo o secretário, muitos alunos perguntaram, em uma live, se poderiam cursar novamente o terceiro ano em 2021, mesmo sendo aprovados, para se prepararem melhor para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e outros vestibulares.
A demanda passou, então, a ser discutida pelo órgão: um quarto ano opcional.
Em São Paulo e no Maranhão, as aulas presenciais não foram retomadas, mas a reabertura das escolas deve ocorrer de forma escalonada e em alinhamento com a área de saúde para saber a velocidade de contaminação pelo vírus nos próximos meses.
O Maranhão, de acordo com o secretário, deixará as crianças menores por último, por terem menos condições de respeitar os protocolos de segurança contra a transmissão.
*Com informações da Folha de S.Paulo