Um estudo publicado na revista médica JAMA Pediatrics, dos Estados Unidos, aponta que quase metade dos pais, cerca de 49%, pensa em autorizar que seus filhos voltem para a escola durante a pandemia do novo coronavírus.
Divulgado na última sexta-feira, 14, o balanço foi elaborado com a opinião de 730 pais. Um dos resultados mostra que somente 31% dos pais pretendem manter seus filhos em casa enquanto não houver uma vacina contra Covid-19. Outros 20% estão indecisos.
Diferença entre classes sociais
Nesse levantamento, contudo, os pesquisadores encontraram diferenças financeiras entre as famílias participantes.
Aquelas que apresentaram maior nível de renda, a propensão de retorno às salas de aula dos filhos também se mostrou mais elevada.
O parâmetro inverso revelou que os pais que ganhavam menos, tendiam a responder que não permitiriam que seus herdeiros voltassem para a escola tão logo.
Veja a relação de renda entre os grupos que pretendem manter os filhos em casa:
- Os pais com maior probabilidade de manter os filhos em casa (38%) ganhavam menos de US$ 50.000 por ano.
- O segundo grupo de pais com maior probabilidade (29%) a considerar manter seus filhos em casa ganha entre $ 50.000 e $ 100.000 por ano.
- No outro extremo, 27% dos pais que ganham mais de US$ 150.000 por ano pretendem manter seus filhos em casa.
Escolas caras teriam mais segurança
Em um panorama considerado pelo estudo, os pais mais ‘ricos’ teriam uma confiança maior nas escolas de seus filhos para retomada das aulas presenciais.
Mesmo diante da pandemia de Covid-19, os pais acreditam que as instituições de ensino mais caras estão mais preparadas e oferecem maior segurança nesse momento. Sendo assim, seus filhos não estariam correndo tanto risco, porque as escolas teriam como prevenir de forma mais incisiva.
Além disso, escolas mais caras normalmente possuem salas menos cheias como as públicas, e ainda mais funcionários para implementar e reforçar os procedimentos de segurança sanitária.
Alguns estados norte-americanos já estão com as escolas reabertas desde o início deste mês, mas a maioria ainda mantém o ensino híbrido – com a combinação entre aulas virtuais e presenciais, e turmas reduzidas de alunos.