O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que a primeira parcela do auxílio emergencial já tem data para ser paga, sendo entre o dia 4 ou 5 de abril – daqui cerca de 10 dias.
“Auxílio emergencial começa na próxima, no início da semana que vem, dia 4 ou 5 começa o pagamento de mais quatro parcelas do auxílio emergencial. Que já é o maior programa social do mundo para atender exatamente aqueles que foram atingidos pela política do fique em casa, feche tudo”, declarou o presidente Bolsonaro.
Os valores, porém, tem recebido críticas. Ao todo serão quatro parcelas, com valores que podem variar de R$ 150 a R$375. Veja:
- Pessoa que mora sozinha: R$ 150;
- Famílias com mais de uma pessoa e não dirigidas por uma mulher: R$ 175;
- Famílias com mães “chefes de família”: R$ 375;
O próprio Ministro da Cidadania admitiu que o valor é “muito distante do ideal”. Governadores também encaminharam uma carta cobrando o auxílio de R$ 600, como na primeira rodada.
“Temos o cenário dramático de quase 300 mil vidas perdidas. Diariamente, vemos recorde de mortes, lotação de leitos hospitalares, ameaça de falta de medicamentos e esgotamento das equipes de saúde. O calendário nacional de vacinação e a obtenção de novas doses de imunizantes contra a Covid-19 estão mais lentas do que as respostas que precisamos para reverter esse quadro”, diz a carta justificando a necessidade do auxílio de R$ 600.
Crítica a governadores e auxílio
Mesmo com os altos números de mortes, com 3 mil mortes registradas na última terça-feira (23) e outras 2.244 … na quarta-feira (24), Bolsonaro voltou a criticar o isolamento social.
“O auxílio emergencial vem por mais alguns meses e, daqui pra frente, o governador que fechar o seu estado, o governador que destrói emprego, ele é que deve bancar o auxílio emergencial. Não pode continuar fazendo política e jogar para o colo do presidente da República essa responsabilidade”, disse Bolsonaro em evento no Ceará.
Bolsonaro também afirmou em fevereiro que os governadores que optassem por fechar comércio deveriam criar o seu próprio auxílio emergencial. Com isso, Bolsonaro voltou a se contradizer neste mês em mais uma conversa com apoiadores.
“O que nós temos mais de sagrado é a nossa liberdade. Parte da imprensa deturpou quando falei como é fácil ter uma ditadura no Brasil, no ano passado, naquela sessão que vazou. O pessoal vai devagar tirando seu ganha pão, você passa a ser obrigado e ser sustentado pelo Estado. Tem governador agora que está falando em auxílio emergencial, querem fazer o Bolsa Família próprio. Quanto mais gente vivendo de favor de Estado, mas dominado fica esse povo”, defendeu.