Orçamento: governo não vai inserir isenção do Imposto de Renda, diz TV
De acordo com informações da CNN Brasil, Governo Federal não deverá inserir a isenção do Imposto de Renda no orçamento
Quem esperava pela proposta de aumento na isenção do Imposto de Renda para o próximo ano, poderá se frustrar. De acordo com informações da emissora CNN Brasil, o Governo Federal decidiu enviar a proposta de orçamento sem esta previsão. A ideia de elevar o número de pessoas com isenção foi uma promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Oficialmente, o Governo Federal tem até o próximo dia 31 de agosto para enviar a proposta de orçamento para o Congresso Nacional. Os parlamentares poderão fazer mudanças no texto original. Entretanto, é pouco provável que a situação de isenção no Imposto de Renda entre no documento, já que o Ministério da Economia não encontrou uma maneira de fazer a inserção.
Além da situação do Imposto de Renda, informações de bastidores colhidas pelos jornais Valor Econômico e O Globo, apontam que o Governo Federal também não vai enviar a proposta com o Auxílio Brasil no valor de R$ 600. O plano inicial é indicar que os pagamentos serão de R$ 400, e apresentar uma carta compromisso com a ideia de subir o saldo depois.
Entretanto, nem todo o cenário é ruim para o Governo Federal. Algumas promessas do presidente Jair Bolsonaro (PL) estarão cumpridas nesta proposta. Uma delas, por exemplo, é a indicação de corte de tributos para o próximo ano. Em 2022, este sistema está fazendo com que o preço dos combustíveis caia um pouco mais.
Além disso, o Governo Federal também deve fazer uma indicação de reajuste para os servidores públicos federais. O tema é sensível e já gerou muita polêmica nos últimos meses. Trabalhadores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), do Banco Central (BC) e do Tesouro Nacional chegaram a entrar em greve pelo aumento.
Queda de 11%
De toda forma, as informações de bastidores dão conta de que o espaço reservado para o reajuste dos servidores será menor do que aquele que foi indicado por Bolsonaro inicialmente. A queda deverá ser de 11%.
Inicialmente, o Ministério da Economia chegou a indicar que reservava R$ 11,7 bilhões para aumentar os salários de todos os servidores federais. Na proposta que vai se enviar à Câmara, orçamento previsto é de R$ 10,5 bilhões.
O Governo explica que a cada 1 ponto percentual de aumento linear para os servidores federais de todas as áreas, há um aumento no orçamento na ordem de R$ 3 bilhões. Assim, eles acreditam que o corte será necessário.
Orçamento x greve
A questão do valor do reajuste para os servidores federais é tratada como crucial pelo Governo Federal no lançamento deste orçamento ao Congresso. Há um temor de que as classes trabalhadoras voltem a realizar greves.
Na última terça-feira (23), sindicalizados do Banco Central (BC) se reuniram em uma assembleia virtual. Entre outros pontos, eles discutiram a possibilidade de realizar uma nova paralisação já a partir do mês de setembro.
“Estamos em fase decisiva da nossa campanha. Estamos chegando à data limite para as negociações, temos de nos preparar caso as negociações persistam no patamar de desrespeito, com propostas que não atendam nossas necessidades, que não recompõem as perdas com a inflação nos salários da categoria ou redução da participação nos lucros e resultados (PLR)”, disse presidente interino do Sindicato dos Bancários de Sergipe (Seeb-SE), Everton Castro.