No próximo dia 24 de julho, membros da oposição irão realizar a quarta manifestação contra o governo do Presidente Jair Bolsonaro. A ideia, entre outras coisas, é pedir por um aumento no valor do Auxílio Emergencial para a casa dos R$ 600. Como fazer isso? os próprios membros das manifestações apresentam soluções diferentes.
De acordo com o Governo Federal, não dá para subir os montantes do programa porque o país não está mais sob a batuta do período de calamidade que se viu no ano passado. Assim, ainda segundo o Planalto, eles precisariam voltar a seguir o teto de gastos públicos. O que impediria que os valores do benefício fossem maiores.
Parte da oposição acredita que a maneira ideal de resolver isso seria retirar esse teto de gastos de maneira provisória. Foi isso o que o PCdoB sugeriu. O partido, aliás, chegou até a ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar barrar o limite de R$ 44 bilhões que a PEC Emergencial estabelece neste momento no projeto.
Dentro da esquerda, há ainda outras ideias. Há quem diga, por exemplo, que o ideal mesmo seria retirar completamente o teto de gastos. E aí não seria apenas o limite da PEC Emergencial, mas todo o processo todo. Foi isso o que disse o Ex-presidente Lula em seu perfil oficial no Twitter há algumas semanas atrás. Ele, aliás, prometeu que faria isso se voltasse ao poder.
Há ainda a proposta de usar o dinheiro da taxação dos mais ricos para pagar um Auxílio maior. De acordo com essa ideia, o estado acabaria atuando como uma espécie de Robin Hood da vida real. Ele tiraria a quantia dos ricos e passaria a entregar para os mais pobres. Pelo menos essa é a ideia central desta proposta.
Dentro da oposição, existem também ideias bem mais ousadas neste sentido. O PSOL, por exemplo, quer que o Auxílio Emergencial dure de maneira permanente. Na visão do partido, o programa não poderia ter mais fim.
E os pagamentos seriam de R$ 600 para cerca de 80 milhões de brasileiros. O partido não explica muito bem como conseguiria dinheiro para isso, mas certamente eles iriam acabar furando o teto dos gastos públicos.
Na direita, também existem algumas ideias. Eles afirmam que o Brasil teria que vender as suas estatais para aumentar o valor do Auxílio Emergencial. Essa, no entanto, é uma proposta que não encontra nenhum respaldo na esquerda.
De acordo com informações do Ministério da Cidadania, cerca de 39 milhões de brasileiros estão recebendo os valores do Auxílio Emergencial este ano. São pessoas que receberam o programa ainda no ano passado e que estão recebendo agora novamente.
Os valores são os mesmos. Os patamares variam entre R$ 150 e R$ 375 a depender de cada pessoa. Mulheres chefes de família, por exemplo, ganham os montantes maiores. Pelo menos é isso o que define a regra oficial do projeto.
Na última quinta-feira (9), o Governo Federal oficializou a prorrogação do Auxílio Emergencial. O benefício que faria pagamentos até julho, agora deve renovar os repasses até, pelo menos, o próximo mês de outubro. E o Ministro da Economia, Paulo Guedes, ainda não descarta uma nova prorrogação a depender do desenvolvimento da pandemia no país.